O senador José Maranhão corre “risco” sério, e cada dia mais palpável, de ser o novo (de novo) governador da Paraíba. Será seu quarto mandato. Bailando Estado afora, praticamente sozinho, ele colhe os frutos de seu recall. E leva vantagem diante de seus potenciais adversários, inéditos no jogo eleitoral.
Muitos lances levaram Zé ao favoritismo. O principal deles se materializou com a sequência de jogadas de toalha dos titulares. Sem Romero nem Cartaxo, o veterano Maranhão entra em campo como dono da bola. Uma “pelota” que lhe deram, de mão beijada, num erro de estratégia já devidamente capitulado.
Entender o equívoco, porém, não traz alívio. A oposição se fragmentou. Mas todos podem ruir junto. Juravam que o octogenário não teria fôlego. E bateria fatalmente em seu teto em determinado momento da partida eleitoral. Não calcularam, porém, que o tal teto (algo em torno de 30%) já o garantiria o segundo turno. De onde ele tem amplas chances de sair vencedor.
Os criadores perderam o controle sobre a criatura (Dr Victor deveria saber que a fábula sempre se repete em favor de Frankenstein). Criaram um monstro. E ele dá sinais de que tem apetite, e estômago, para devorar todo mundo!
Fonte: Adriana Bezerra
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