domingo, 21 de setembro de 2025

Patrocinada por Hugo Motta, a chamada "PEC da Bandidagem" perdeu a principal blindagem - que é a do eleitor que vai às urnas

Aprovada por ampla maioria pela Câmara Federal, na semana passada, sob patrocínio do presidente da Casa Hugo Motta (Republicanos), a chamada PEC da Blindagem ou no popular "PEC da Bandidagem", não foi bem recebida pela sociedade civil e cresce a pressão popular para que não passe no Senado. 

Protestos contrários à proposta acontecem em pelo menos 30 cidades do país. Em João Pessoa, a manifestação ocorre no Busto de Tamandaré. A PEC da Blindagem dá ao Congresso o poder de decidir se parlamentares podem ser processados criminalmente, criando uma proteção política contra o Judiciário, mirando o Supremo Tribunal Federal.

No Rio de Janeiro, artistas, parlamentares e movimentos sociais se reuniram na tarde deste domingo (21/9) na orla de Copacabana, na Zona Sul carioca, em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e contra a tramitação de urgência do projeto que prevê a anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Entre camisas vermelhas e amarelas, numa tentativa do campo progressista de ressignificar o uniforme da seleção brasileira, manifestantes começaram a chegar à região já no início da tarde. Muitos ocuparam vagões de metrô a partir das 12h, antes do início oficial do ato, marcado para as 15h. 

Em vídeo publicado na última semana, Caetano classificou a proposta como “PEC da Bandidagem” e convocou a mobilização popular. “Essa PEC tem que receber da sociedade brasileira uma resposta socialmente saudável, uma manifestação de que grande parte da população brasileira não admite um negócio desse, ainda mais às pressas levada à frente”, disse.

Para críticos, é uma tentativa de blindagem que fragiliza o combate à corrupção e abre as portas para a entrada do crime organizado no Congresso. 

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