O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, anunciou que a presidente Dilma Rousseff assinará o decreto da migração do rádio AM no próximo dia 7 de novembro, data comemorativa da profissão de radialista. A informação foi dada ontem (14) na abertura da 43ª Assembleia da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), no Rio de Janeiro.
Porém, antes do ministro, semana passada, a diretora da Rádio Correio do Vale - Itaporanga, jornalista Nena Martins, já tinha me repassado a informação privilegiada. Então, ficamos no aguardo e aí está a confirmação oficial. A Rádio Correio do Vale de Itaporanga completou no último dia 7 de setembro passado seu 11º Aniversário.
Está prevista a realização de uma cerimônia no Palácio do Planalto para formalizar a assinatura do decreto. As informações serão repassadas aos radiodifusores assim que forem confirmadas. A minuta do decreto elaborado pelo Ministério das Comunicações, que prevê as regras para a transição, está em análise na Casa Civil desde o mês passado.
A medida atende ao pleito apresentado pela Abert e pelas Associações Estaduais como uma das principais pautas do setor de radiodifusão brasileiro. “Vamos autorizar as rádios AM se transformarem em rádios FM. Uma das pressões que temos para fazer o rádio digital é que a qualidade do rádio AM está caindo, principalmente nos grandes centros urbanos. Isso prejudica muito a audiência. A juventude, por exemplo, nem ouve mais rádio AM”, declarou.
Bernardo informou que já foram feitos estudos que apontam viabilidade para a migração. “Com a digitalização da TV, nós temos os canais 5 e 6 [liberados], onde cabem muitas rádios. Nós estamos fazendo uma solução que é importante, que é autorizar rádio AM para a faixa de FM. Isso vai ser assinado em novembro, que tem o Dia do Radialista”.
“Hoje a faixa de frequência do FM atual vai de 88 MHz a 108 MHz. Os canais 5 e 6 vão de 76 MHz a 88 MHz. É o que agente chama de faixa contígua ao FM. O decreto conterá que nos municípios onde tem outorga e todas as AM cabem no espectro atual de FM elas migram automaticamente e devolvem sua frequência AM para o governo. E nas emissoras que vão para os canais 5 e 6, elas começam a operar e terão um prazo de transmissão simultâneo até cinco anos”, explicou o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário