A Federação Paraibana de Futebol (FPF) entra na sua semana mais decisiva nos últimos 25 anos. Desde 1989, a entidade não tinha uma eleição com disputa de chapas. E na próxima sexta-feira (12) será conhecido o novo presidente da FPF. João Máximo, Amadeu Rodrigues e Coriolano Coutinho são os candidatos à presidência. E os três começam a escolher as suas "armas" para a disputa. O ex-presidente do Auto Esporte, João Máximo, apela para o discurso das "Diretas Já" e lembra que em 1/4 de século esta é a primeira vez que o voto direto voltará à pauta da entidade. "Nós estamos vivendo um momento ímpar do futebol paraibano.
"Estávamos há 25 anos sem ter uma eleição com mais de um concorrente, uma eleição que foi feita na maioria das vezes por aclamação, em que o presidente do clube não tinha oportunidade de se pronunciar", disparou, criticando o passado e se dizendo confiante com uma nova era na FPF. Ele ataca a candidatura de Amadeu Rodrigues, que é o aliado da ex-presidente Rosilene Gomes na disputa: "Se elegerem o mesmo grupo do passado, aí logicamente não querem mudar nada". O ex-vereador Amadeu Rodrigues, em sentido contrário, parte para o ataque. Mas evita discursos mais acalorados e prefere as vias judiciais. Tanto é que foi o único candidato a pedir impugnação de chapas. E pediu logo em cima dos dois rivais, dando mostras que está disposto mesmo a disputar o pleito sozinho.
Quem normalmente prefere falar é o seu vice-presidente, o itaporanguense Nosman Barreiro, que adota o tom de reflexão e comparação para pedir voto. "Peço a todos os desportistas para que façam uma reflexão e elejam o melhor para o futebol da Paraíba", declara.
O terceiro candidato é o administrador de empresas Coriolano Coutinho, o irmão do governador Ricardo Coutinho. E bem ao estilo do irmão político, vem fazendo "visitas de impacto" para tentar impressionar o eleitorado.
Inicialmente, ele disse que visitaria o maior número possível de votantes e chegou a apresentar uma chapa com o apoio de 36 entidades (depois, inscreveu uma nova chapa com apenas 10, temendo possíveis irregularidades com alguns dos votantes que compunham sua primeira chapa).
E para finalizar, fez uma visita ao futuro presidente da CBF, Marco Polo del Nero. Na ocasião, ele falou em descentralização da FPF: "Vamos abrir subsedes em Campina Grande e no Sertão".
Como já era esperado, o clima da eleição é tenso desde o início do processo eleitoral. Troca de acusações, animosidade de todos os lados e confusão. Como a que se registrou no primeiro dia de inscrições de chapas. A expectativa, inclusive, é que o clima torne-se ainda mais tenso nos dias que antecedem o pleito, chegando ao seu ápice no dia da disputa eleitoral propriamente dita.
Aliás, algo que aconteceu na última vez que o pleito foi disputado entre mais de um candidato. Naquela oportunidade, em 1989, Rosilene Gomes bateu chapa com o hoje deputado estadual João Gonçalves. Rosilene acabou sendo eleita, dando início a 25 anos de mandato ininterrupto, mas antes ela se envolveu numa briga generalizada entre os dois grupos, que acabou com eleição adiada e os dois candidatos sendo internados em hospitais da cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário