A promotoria de Justiça da comarca de Jacaraú protocolou uma ação civil pública contra a Arquidiocese da Paraíba cobrando indenizações para 11 adolescentes que supostamente teriam sido vítimas de pedofilia pelo ex-pároco do município. A ação é de autoria do promotor Marinho Mendes, que estipulou a indenização por danos morais em R$ 130 milhões. O promotor ainda informou que solicitará novamente a prisão preventiva do réu.
Esses casos de pedofilia do qual o padre Adriano José da Silva, de 32 anos, está sendo acusado começaram a ser investigados em outubro do ano passado. Nesse tempo, segundo Marinho, foram levantadas provas concretas que possibilitaram a formulação de uma ação criminal contra o padre e, agora, de uma ação civil pública contra a arquidiocese.
Para o promotor, a instituição, que antes mesmo de ser acionada pelo Ministério Público, afastou o padre das suas atividades clericais, também tem responsabilidade com as famílias atingidas. “A Arquidiocese agiu prontamente assim que o fato chegou ao conhecimento público, mas, em nenhum momento, prestou assistência religiosa e psicológica às famílias do município, e principalmente às famílias dos jovens violentados nem a eles próprios. Agora entramos com essa ação com provas concretas da responsabilidade do padre no caso”, explicou.
A ação civil pública foi protocolada nesta quinta-feira (11) na comarca de Jacaraú e, em seu texto, o promotor Marinho Mendes especificou que, do total requerido na ação, cada adolescente vítima de pedofilia será indenizado com R$ 10 milhões. Os demais R$ 20 milhões serão direcionados à sociedade, para que seja revertido para o fundo da criança e do adolescente de Jacaraú, sendo direcionado a programas de preparação ético-moral da comunidade.
A Arquidiocese da Paraíba se pronunciou por meio de sua assessoria informando que a assessoria jurídica da instituição ainda não tomou conhecimento dessa ação. Quanto a uma possível negligência da igreja católica com as famílias do município de Jacaraú, levantada pelo promotor Marinho Mendes, a assessoria comunicou que a Arquidiocese não pode prestar assistência a famílias tendo em vista que ainda não foram comprovados os casos de pedofilia, pois o processo ainda corre judicialmente. O que poderia ser feito, o foi assim que a instituição tomou conhecimento do fato, suspendendo-o de ordem, o que implica em dizer que ele foi totalmente afastado das suas atividades clericais.
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