A Polícia Federal, o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal, deflagraram na manhã desta quinta-feria (2), uma operação para combater os crimes de de fraude à licitação, superfaturamento em obras, peculato e de lavagem de dinheiro no Departamento Regional do SESI/PB.
A Operação Cifrão cumpre 28 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campina Grande, Queimadas e João Pessoa. As investigações mostram um superfaturamento superior a R$ 2 milhões em três obras de construção e reforma de Centros de Atividades do SESI, na Paraíba. Entre os alvos da operação estão empresas, empresários e funcionários do Sistema S. No município de Queimadas, o alvo é a Prefeitura da cidade.
Ainda de acordo com as investigações, foi constatada a existência de vínculos entre os sócios das empresas contratadas e colaboradores e dirigentes do Sistema Indústria da Paraíba (FIEP, SESI, SENAI e o Instituto Euvaldo Lodi). Também foram constatadas movimentações financeiras entre as contas bancárias das empresas contratadas e de pessoas relacionadas, direta ou indiretamente, ao Sistema Indústria da Paraíba.
Segundo a CGU, o desvio de recursos destinados ao Sesi acarreta prejuízo para toda a comunidade atendida Sistema, uma vez que a Instituição atende indústrias e trabalhadores em gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SST) e na promoção da saúde e educação dos trabalhadores, seus dependentes e comunidade, sendo tais atividades custeadas com contribuições das indústrias em percentuais incidentes sobre as folhas de pagamento de seus funcionários.
A operação conta com a participação de nove auditores da CGU e 96 policiais federais. As equipes utilizam equipamentos de proteção individual (EPI), para que não haja comprometimento das medidas de prevenção à disseminação do novo coronavírus.
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