No município de Itaporanga, Vale do Piancó, um retrato fiel desse descaso acontece com uma escola de 12 salas de aula, localizada no Loteamento Adailton Teixeira. Sua concepção se deu em 2014 (PL nº 168) quando licitada a obra com investimento de R$ 3.417.083,47 milhões (oriundo do FNDE). Verba conseguida pelo então prefeito Berguinho, junto ao então deputado federal (hoje estadual) Wilson Filho.
A gestão Berguinho, inclusive, deixou depositado no caixa da prefeitura R$ 840 mil para seu sucessor, Divaldo (já indo pro fim do segundo mandato), tocar a obra, que segue parada e abandonada há anos. Sua conclusão deveria acontecer, de acordo com o contrato, no ano de 2020. Já estamos em 2023 com a população lamentando a falta que ela faz.
É bom lembrar que prefeituras têm de devolver os recursos à União se a construção ficar pelo caminho. Mesmo que cada projeto tenha sua particularidade, inclusive a partir de uma análise da real demanda da localidade por vagas, muitas terão de ser concluídas para cumprir o seu papel. E os custos adicionais outra vez recairão sobre a sociedade. O descaso com a educação é capítulo infeliz de nossa história.
Infelizmente, o caso desta escola que se arrasta há anos é até difícil dimensionar os impactos negativos na vida de alunos e suas famílias. O pior de tudo é perceber que o serviço está longe do fim. É preciso uma solução, que não é o alarido custoso aos cofres públicos dos contratados para isso. A coisa pública precisa ser tratada com seriedade e responsabilidade.
O município precisa de mais escolas para atender a população. É uma irresponsabilidade deixar a obra parada que só rende prejuízo. E já vamos chegando a uma década de marasmo com relação a essa escola. Uma vergonha para Itaporanga!
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