A elasticidade do placar pró Cassiano (16 x 9) comprova que vence eleição o candidato que anda mais, erra menos, e mantém o foco no “para-brisas”. Cassiano surpreendeu a todos ao demonstrar ser possuidor de uma inigualável capacidade de persuasão – ignorada por seus adversários – convencendo seus pares que só existia um caminho: seguir em frente. O “retrovisor” não levaria ao destino por onde trafegam os desafios da FIEPB – objetivo colimado – de acompanhar a evolução tecnológica e os efeitos da 4ª Revolução Industrial, desafios permanentes até meados deste século XXI.
Dialogou (um a um) com diretores votantes, ouvindo mais que falando. Escutou seus reclamos, e pediu com humildade suas colaborações, para estabelecerem diretrizes participativas na gestão. Não se distinguiu vaidosamente dentre os demais e demonstrou ser apenas um deles, habilitado por força da legislação a disputar contra o vice em exercício da cidade de João Pessoa. Votos apurados, vitória consagrada, o novo presidente usou da palavra para ratificar seu propósito de pacificação na instituição.
Do modo como começamos a expor os acontecimentos, aparenta que a disputa foi tranquila. Pelo contrário, foi mais acirrada – nos bastidores – que o último pleito, quando foi reconduzido Buega Gadelha. O opositor de Cassiano, José William, foi buscar apoio na classe política. Presidentes dos Sindicatos de João Pessoa e Campina Grande receberam ligações do ex-governador Cássio Cunha Lima (?), do deputado federal Ruy Carneiro, do prefeito Cícero Lucena e até do governador João Azevedo. Um absurdo! Todos suplicavam o voto para José William. Intromissão descabida da classe política, vislumbrando transformar a FIEPB num palanque eleitoreiro nas eleições de 2026.
José William fez uma peregrinação pelas emissoras de rádio da cidade. Contratou “marqueteiros” e “jornalistas” da Capital para construir sua imagem, desconstruindo a pessoa de Cassiano Paschoal. Expôs sua performance de grande empreendedor na área da construção civil – há mais de vinte anos – tendo construído mais de vinte edifícios em João Pessoa. É o maior investidor no novo polo turístico da Paraíba, localizado na cidade de Bananeiras. Porém, esqueceu que em Campina Grande não construiu um único “garajau”. Por que desprezou o mercado imobiliário da Rainha da Borborema, cidade escolhida entre as 10 melhores para se viver no País?
Este tipo de arrogância, praticado pela mídia de João Pessoa, aliada a seus “marqueteiros” – empurrando “goela abaixo” suas “criatividades” – superestimando suas “genialidades”, julgam-se serem capazes de reverterem quadros, exercitando através de textos e vídeos, atos de prestidigitação. Nunca conseguiram enganar os habitantes da Rainha da Borborema.
Existe um sentimento na cidade denominado “campinismo”, que une todos que lutam diuturnamente pela crescimento da cidade. É um fenômeno apolítico, enraizado nos moldes sociológicos e culturais de uma “etnia urbanística”. A equipe de José William fez um grande trabalho: despertou o “campinismo”, e todos se uniram para derrotá-lo.
Como repetia o saudoso Dr. Mário em seus discursos inesperados no Calçadão da Cardoso Vieira, “Em Campina, até para ser doido é preciso ter juízo”.
Por Júnior Gurgel
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