O deputado Gervásio Maia (PMDB) denunciou que o Governo do Estado usou recursos da saúde, previstos no empréstimo do BNDES, para a compra de uma aeronave. O empréstimo, no valor total de R$ 287,3 milhões, foi aprovado em junho de 2010, no governo de José Maranhão. Para a área da saúde, foram destinados R$ 20,7 milhões, para a construção e conclusão dos hospitais de Mamanguape, Cacimba de Dentro e Catolé do Rocha.
Gervasinho disse que o atual governo alterou por completo o plano de aplicação dos recursos, perdendo a saúde quase R$ 5 milhões. No novo plano, o governo destina uma verba de R$ 5 milhões para a compra de uma aeronave, que o parlamentar acredita ter sido tirada da área da saúde. “Nós queremos saber a razão da diminuição desses recursos, tirando da saúde e colocando para a compra de aeronave. O que significa isso?”, questiona o parlamentar. Do total de R$ 20,7 milhões da saúde, o governo Ricardo Coutinho remanejou R$ 16.393.900,34. Os recursos foram destinados para a construção do hospital de Mamanguape (R$ 9.500.000,00) e do hospital metropolitano de Santa Rita (R$ 6.893.900,32). Ficaram de fora dos investimentos os hospitais de Cacimba de Dentro e Catolé do Rocha, que seriam beneficiados com quase R$ 10 milhões no plano anterior.
O secretário de Planejamento do Estado, Gustavo Nogueira, explicou que cada governo tem suas prioridades. Ele negou que tenha havido diminuição nos investimentos da saúde. “O governo Ricardo está colocando R$ 78 milhões na saúde”, disse o secretário, lembrando dos recursos que serão alocados para o setor por ocasião dos novos empréstimos (BNDES e Proinvest) firmados pelo governo do Estado, que somam mais de R$ 1 bilhão, para investimentos em diversas áreas.
No que diz respeito ao empréstimo do BNDES do governo Maranhão, o secretário revelou que o governo priorizou os setores onde tinham as maiores demandas, como os hospitais de Santa Rita e de Mamanguape. Ele negou que os recursos da saúde tenham sido usados para compra de uma aeronave, embora no novo plano esteja prevista a compra do equipamento. Segundo ele, os recursos da saúde foram destinados parte para o Centro de Convenções e outra para o setor de habitação. “Cada governo tem que orientar sua política de investimento na linha do que ele achar que mais lhe interessa”, afirmou Gustavo Nogueira. (com JP)
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