Falcão garantiu que a corregedoria não mudará com a saída de Eliana Calmon, que se classificou na sua saída do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como "duríssima" e "indiscreta" no combate à corrupção. "É uma missão que eu procurarei desempenhar com humildade e discrição, como deve se portar o verdadeiro magistrado, o que não significa tolerância à corrupção. Onde houver corrupção, a corregedoria agirá com mão de ferro", prometeu ele.
Durante seus dois anos como corregedora, Calmon sofreu críticas do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, e de associações de magistrados, que chegaram a acusá-la de quebrar sigilo de juízes e desembargadores. Sem julgar o trabalho da antecessora, Falcão disse que não cometerá crime no cargo ao ser questionado se seguirá o trabalho da ministra na investigação de evolução patrimonial de magistrados. "O que eu não vou é quebrar o sigilo de ninguém. Quebrar o sigilo é crime. Eu não vou dizer que houve. Eu não cometerei crime quebrando sigilo sem autorização judicial", afirmou.
"Nos Estados Unidos, como todos sabem, nenhuma autoridade tem sigilo. E eu defendo essa tese. Lamentavelmente, no Brasil, nós temos a nossa Constituição, que garante o sigilo. E nós temos que ser obedientes à Constituição. Temos que trabalhar para mudar essa mentalidade. O Brasil está mudando e acredito que, em pouco tempo, nós alcançaremos essa coisa do primeiro mundo", disse.
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