O deputado estadual Tião Gomes (PSL), que foi 'maranhista' - bem como - 'cassista', hoje 'ricardista', foi o escaladado pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) para 'detonar' o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e mostrar as 'travas da chuteira' para lembrá-lo como será o tom da campanha: só cacete. O núcleo governista parece que caiu na real e, agora, passa a tratar o tucano como futuro adversário. Pois, com esse cenário tem como previsível um disputa entre Cássio e Veneziano, no segundo turno.
Ao ser entrevistado na rádio Arapuan FM, Tião foi direto ao assunto: "A Paraíba quer um governo que trabalhe. Me mostre uma obra de Cássio", provocou antecipando que esse deverá ser o discurso de Ricardo durante a campanha. Isso porque sabem que as obras físicas não foram o ponto forte da gestão de Cássio, nos dois mandatos. O tucano priorizou ações administrativas como mais de uma dezena de Planos de Cargos e Salários que beneficiaram diversas categorias do funcionalismo público estadual.
Aliás, em 2002, Cássio venceu a eleição argumentando que "não se faz um governo apenas de cal e pedra". Foi o contraponto encontrado para enfrentar o aparato de obras do ex-governador José Maranhão (PMDB), na época apoiando Roberto Paulino (PMDB). Tião Gomes disse ainda que Cássio teve dez anos de gestão, incluindo os quatro do pai, Ronaldo Cunha Lima, para trabalhar pela Paraíba e não conseguiu deixar nenhuma obra significativa.
Tião Gomes lembrou que "no governo dele, o servidor para receber salário teria que recorrer a empréstimos bancários", destacando que "isso nunca aconteceu na gestão de Ricardo, que pegou esse Estado em situação bem pior que Cássio e o funcionalismo nunca deixou de receber em dia, sem ter que recorrer a empréstimo". "Qual a referência do governo Cássio? É um político a moda antiga, que promete e não faz (...) O governador Ricardo Coutinho promete e faz; um político de futuro", ressaltou.
"Ao contrário de Ricardo, que foi quem mais fez pela Paraíba. Por isso que ele terá nosso apoio e será candidato com ou sem Cássio. Só não votaríamos em Cássio jamais", disparou. O deputado mandou, por fim, um recado aos colegas que estariam de malas prontas para romper com o governador e apoiar a candidatura do tucano. "Nunca trai um governo. Quando deixei uma bancada, o fiz de cabeça erguida. Não sou como certas pessoas que estão pensando em trair. Pois, com governo não se rompe, se trai", disse.
E isso é apenas o começo...
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