O próximo embate entre Cássio e Ricardo será nesta terça-feira (21), no debate das TVs Cabo Branco/Paraíba.
Não é a toa que a arte bancada por Dana White faz tanto sucesso e o Combate é o canal por assinatura mais vendido no Brasil.
O primeiro debate do segundo turno de 2014 entre Ricardo Coutinho e Cássio Cunha Lima mostrou aos paraibanos algo diferente das eleições anteriores: um enfrentamento de igual para igual. Aqueles dois debatedores livres, leves e soltos das eleições anteriores não compareceram a TV Correio. Visivelmente tensos e ansiosos, fizeram o que estava no script: ataques para elevar a rejeição do adversário.
Debater com José Maranhão não era o parâmetro ideal para avaliar os desempenhos de Cássio e Ricardo. Apesar da competência comprovada de Maranhão como homem público, nunca foi muito afeito as câmeras, carrega uma dicção lenta e uma falta de "timing" com o cronometro.
Faltava o tira-teima. E ele veio, mas ficou um gostinho de quero mais. Diria no boxe que a decisão foi para os pontos, porque não houve nocaute.
Ricardo sapecou em Cássio acusações de forte apelo popular como o acidente em caminhão pau de arara que matou 13 estudantes na região de Sousa em 2006. A recíproca foi verdadeira quando o tucano acusou Ricardo de tirar proveito até de pessoas falecidas, cravando "oito vezes" no adversário a palavra "oportunista" durante o debate. Acusado pelo socialista de agir como "um ator", o tucano também carimbou no adversário a expressão "máscara republicana".
Cássio também acusou Ricardo de dar fim a um inquérito sobre um suposto esquema de pagamento de propina que envolvia Coriolano Coutinho, irmão do governador, entre outros auxiliares de sua confiança. Ricardo devolveu o ataque em doses cavalares lembrando o cometimento de crimes impunes por membros da família Cunha Lima. Foi o suficiente para Cássio dizer que o ex-aliado atacava a memória do poeta Ronaldo, de quem teria beijado a mão implorando pelo seu apoio em 2010. O fato foi negado pelo socialista, acrescentando que foi Cássio quem veio pedir o seu apoio numa reunião em um hotel em Recife, citando Nonato Bandeira como fiador do suposto encontro.
Nonato Bandeira, aliás, foi citado por Cássio junto com Luciano Agra como outras vítimas do "oportunismo" do atual governador. RC passou o troco com a mesma intensidade e insinuou que o tucano teria traído Cozete Barbosa, Felix Araújo e até Ulisses Guimarães.
Um debate que ficará para a história. Registro um justo cumprimento ao Sistema Correio/Record pela organização e pelo formato solto dos debates, permitindo ao mediador Heron Cid cumprir a sua missão do bom árbitro, aparecendo pouco. E para quem torce por um lado ou pelo outro, haja coração! (com Ytalo Kubitschek)
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