segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Acabou mistério: MP desmente governador e diz que Ricardo não enviou pedido pra investigar esquema de propina envolvendo irmão e secretários

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Acabou o mistério. Pelo menos uma parte dele. A verdade é que, após pesquisar em vários órgãos internos, o Ministério Público do Estado respondeu ao Fórum dos Servidores da Paraíba não ter encontrado o pedido do governador Ricardo Coutinho, para investigar a denúncia de que quatro de seus auxiliares, incluindo seu irmão, Coriolano, fazia parte de um esquema de pagamento de propina…
O caso ficou mais conhecido como o propinoduto. Em sua resposta ao Fórum, o MPE revela ter consultado “a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), a Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade Administrativa (Ccrimp), Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Promotorias de Justiça do Patrimônio Público da Capital, Núcleo de Apoio às Promotorias criminais (NAAPC) e Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (Ncap)”.
“Foi feito um levantamento minucioso nos setores competentes do Ministério Público, inclusive naqueles não informatizados, pelos responsáveis legais de cada órgão e estamos dando a resposta à solicitação do Fórum de Servidores dentro do prazo que estipula  a Lei de Acesso à Informação”, oficiou o procurador-geral Bertrand de Araújo Asfóra. Como se sabe, o governador Ricardo Coutinho alegou, em sua defesa, ter acionado o Ministério Público, em junho de 2011, para apurar a suspeita do esquema de pagamento de propinas a seus auxiliares. Agora, o MPE nega.

O vídeo – Vazou na Internet vídeo dos depoimentos ocorridos, na noite de 30 de junho de 2011, quando durante uma blitz, policiais detiveram uma Volkswagem Fox de placas DYE-5922, onde encontraram R$ 81 mil e alguns documentos que, supostamente, revelariam um esquema de pagamento de propina a quatro auxiliares do governador Ricardo Coutinho.
No vídeo é possível conferir o depoimento do motorista que conduzia o veículo. Durante seu depoimento, um dos investigadores indaga: “O que você estava fazendo com altos valores em dinheiro dentro do seu carro, estacionado?” Ele se recusou a informar o que estava fazendo com o numerário. O detalhe ficou consignado no boletim de ocorrência.
A detenção ocorreu nas proximidades da Favela Boa Esperança, onde havia uma lombada eletrônica. O dinheiro estava em pacotes de R$ 5 mil, com cédulas de R$ 50. Ainda no depoimento, o motorista afirmou que todo o dinheiro em referência era de propriedade de um advogado.

A denúncia – Em 30 de junho de 2011, durante a realização de uma blitz de rotina, os policiais mandaram um motorista parar para averiguações. De forma inesperada, ele tentou evadir-se, mas não conseguiu furar o cerco policial.
Dentro de um veículo, os policiais encontraram R$ 81 mil, em espécie. O dinheiro tinha sido sacado numa agência do Banco do Brasil, em Recife. Junto, os policiais encontraram um papel branco com as seguintes marcações: G – 28.000,00; L – 10.000,00; C – 39.000,00; Dra. Laura 4.000,00. Somando, totalizava precisamente… R$ 81 mil.
No curso das investigações, descobriu-se que “G” seria de Gilberto Carneiro (procurador geral do Estado, “L ” de Livânia Farias (secretária de Administração), “C” – Coriolano Coutinho (Irmão do governador) e Dra. Laura (Farias) da Sudema. Mas, então, aconteceu algo inexplicável e paranormal: o inquérito que deveria ser remetido ao Ministério Público, sumiu.
Confira a resposta do Ministério Público com as certidões… CasoPropinaRespostaMP

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