A empresa, localizada no Empresarial Royal Trade Center, localizado na Avenida Epitácio Pessoa, na capital João Pessoa, foi contratada pela gestão municipal para “serviços de monitoramento e acompanhamento, tendo sido favorecida com empenhos de R$ 329.280,00 somente em 2018 e 2019″. O trecho está na parte do despacho em que é citado como funcionava o possível esquema de recebimento de vantagens indevidas provenientes da Construtora OAS S.A por meio da Traos Construções. (veja o trecho na íntegra abaixo).
“Assim, João Victor Parente Bento foi filiado ao PSB, mesmo partido de FERNANDO BEZERRA DE SOUZA COELHO à época, tendo exercido cinco mandatos consecutivos de vereador do município de Exu/PE. José Emanoelton Espiridião Silva Soares foi sócio de várias pessoas jurídicas, dentre as quais a Alfa Consultoria Ltda., recentemente contratada pela Prefeitura de Petrolina – já na gestão do atual Prefeito Miguel de Souza Leão Coelho, filho de FERNANDO BEZERRA DE SOUZA COELHO – para serviços de monitoramento e acompanhamento, tendo sido favorecida com empenhos de R$ 329.280,00 somente em 2018 e 2019. Já José Alves de Souza Junior foi beneficiário de R$ 40 mil, montante incompatível com seus vencimentos regulares como empregado no setor de móveis. Por fim, a Miranda Veículos, destinatária de R$ 40 mil, é uma concessionária de veículos localizada na cidade de Ouricuri/PE”.
Operação Desintegração
A Polícia Federal deflagrou a Operação Desintegração com o propósito de desarticular um esquema criminoso de pagamentos de vantagens indevidas, por parte das empreiteiras, em favor de autoridades públicas.
A investigação, instaurada no ano de 2017, teve início a partir de colaborações firmadas com investigados presos no âmbito da Operação Turbulência, deflagrada em junho de 2016 e que apurava, por sua vez, o uso de empresas de fachada, controladas pelos aludidos colaboradores, na lavagem de dinheiro de empreiteiras e no pagamento de propinas a políticos.
Os colaboradores confirmaram o pagamento de vantagens indevidas a autoridades públicas, entre os anos de 2012 e 2014, realizados por empreiteiras que estavam executando obras custeadas com recursos públicos.
O que diz a defesa
Em nota, a defesa do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) contestou as acusações.
“Causa estranheza à defesa do senador Fernando Bezerra Coelho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal”, disse a nota do advogado André Callegari, responsável pela defesa de Coelho.
* O despacho foi divulgado pelo Portal O Antagonista
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