O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) falou em entrevista publicada neste domingo, 15, ao jornalista Wallison Bezerra, em seu blog no site T5, sobre a crise partidária do PSB e destacou que “os interesses imediatos se sobrepõem as posturas das pessoas desde o início da humanidade”. Ele disse que fez um grande esforço “para que determinadas pessoas fossem eleitas”. Questionado pelo repórter, ele não quis citar nomes, mas enfatizou que “todos esses que estão fazendo declarações contra mim precisaram de mim para se eleger, todos eles”.
Ricardo Coutinho disse que em sua gestão nunca houve disputa partidária e reafirmou acreditar que o governador João Azevedo não sabe “das ameaças dentro do Governo, ameaças a prefeitos, mudanças de posições, acho que quem fez isso deveria ser demitido”, declarou. Coutinho disse que houve um chamamento para os filiados do PSB e a carta assinada e enviada à Executiva Estadual não tinha porquê ser entregue ao Diretório Nacional.
“Eu sou o presidente do Partido, por decisão unânime, se isto ainda lhe preocupa, pode se tranquilizar”, disse. Ricardo Coutinho admite que o partido estava dividido por ideias, “isso é legítimo, qual a redação que você conhece que não está dividida por pensamentos diferentes?”, questionou. Sobre os nomes que vão compor a comissão provisória, o ex-governador admitiu que havia quatro pessoas que discordam do novo formato e que terão novos nomes ocupando os espaços deixados.
Perguntado sobre os ex aliados que se voltaram contra ele no atual momento, inclusive com falas de deputados estaduais. “Não se iluda, dentro da Assembleia há uma situação complicadíssima para João Azevedo, não apenas cassação de governo, mas querem aprisionar o Governo, essa situação é muito ruim para João Azevedo, para o Governo e para a Paraíba”, afirmou. “Esses que estão falando viviam falando que o nome de João não ia decolar”, complementou.
Acerca da possível candidatura para a Prefeitura de João Pessoa em 2020, Ricardo Coutinho disse que acredita no apoio do Governador para o nome do PSB quer for colocado para a disputa. “Cabe a João Azevedo me apoiar, naturalmente, é uma via de mão única? Foi apoiado e não vai apoiar?”, perguntou.
Coutinho encerrou a entrevista dizendo que é necessário organizar o PSB e se preparar para as eleições de 2020, quando o apoio popular é imprescindível, “tem muita turbulência por gente gosta de pescar em águas turvas, mas essa turma passa, tem gente que quer a destruição para ficar com pedaços maiores”, finalizou.
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