“Vou falar como uma pessoa experiente e como o processo é legislativo, também como deputado federal. O caso não é grave, não. É muito grave o que está acontecendo a questão da democracia desse estado. Para que se entre com um processo de impeachment contra o governador é preciso que ele tenha cometido um crime de responsabilidade. Pelo que eu vejo do processo que foi colocado não há crime de responsabilidade. Colocaram embutido dentro desse pedido o impeachment da vice-governadora porque ela seria co-responsável. Não existe esse figura na legislação. Isso nunca aconteceu nesse país. Quando o presidente Collor teve um impeachment foi por responsabilidade dele. Quem assumiu? O vice-presidente Itamar Franco. Agora recentemente vivemos o impeachment da presidente Dilma. Quem assumiu? O vice-presidente Michel Temer. Aqui na Paraíba eles colocaram o governador João e por baixo do pano, a vice-governadora. Prestem a atenção: se isso acontecer, quem assumiria o governo é o presidente da Assembleia, Adriano Galdino. Seria o beneficiado direto desse desfecho. Isso é gravíssimo. Daqui a 15 dias o governador do Estado seria Adriano Galdino. Isso nunca aconteceu em lugar nenhum do Brasil. Isso é um golpe, o maior golpe da democracia desse estado. Como parlamentar estou acusando publicamente esse golpe que a Paraíba não pode compartilhar. É sair de uma operação calvário para uma operação inferno”, declarou.
Para Damião, o processo de impeachment contra João Azevêdo e Lígia Feliciano conta com o consentimento de Adriano Galdino, que ao receber o pedido da oposição, encaminhou para análise da assessoria jurídica da Assembleia Legislativa.
“Está tendo um golpe na Paraíba, está tendo uma manobra, estamos identificando. Estou dizendo que o beneficiado é o presidente da Assembleia, ele assumiria o governo do Estado. O mais grave ainda desse processo já está acontecendo. Quarta-feira foi dada entrada o processo, cabe ao presidente analisar para dar provimento ou não. O que foi o que o presidente fez? Colocou o processo para andar. Colocou o processo na assessoria jurídica, já deu consentimento. Se o presidente negar o processo da assessoria, já se pode recorrer ao plenário. Ou seja: esse processo já está em andamento. A gravidade é que daqui a 15 dias, se esse processo andar, o governador seria Adriano Galdino. Acredito que galdino não vai admitir que isso aconteça. isso é um golpe absurdo. A peça não tem fundamento nenhum. Nem para derrubar o governador, nem muito menos a vice-governadora. Como ela pode responder uma atitude, por acaso, se o outro tivesse cometido?”, continuou.
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