Alguns dos mais fiéis aliados do governador João Azevêdo (Cidadania) vêm demonstrando desconforto com a possibilidade de uma aliança dele com o ex-senador Cícero Lucena (PP). O progressista busca as condições para a disputa da prefeitura de João Pessoa e vê no apoio do ex-adversário um caminho para o encurtamento da via-crúcis eleitoral. O problema apontado por aliados é que o governador tem como contribuir em 2020, mas Cícero não teria como retribuir o apoio em 2022.
A equação é simples: daqui a dois anos, quando João Azevêdo poderá disputar a reeleição, por questões partidárias, Cícero terá que apoiar a virtual candidatura da senadora Daniella Ribeiro (PP) ao governo. Pelo menos três parlamentares rodados, ouvidos pelo blog, se mostraram dispostos a dizer isso ao gestor, caso sejam consultados. A decisão de João deve ser tomada ainda nesta semana. De acordo com o presidente do partido, Ronaldo Guerra, talvez até a próxima quinta-feira (30).
O nome de Cícero Lucena é discutido entre os dirigentes do Cidadania há mais de um mês. Apesar de ele ter militado durante décadas em trincheiras opostas à de João Azevêdo, ambos vêm demonstrando convergência. O maior problema para que a aliança seja efetivada é mesmo a falta de perspectiva futura. E esse ponto foi apresentado pelo governador como essencial, em entrevista recente à CBN. Nela, o governador disse que todas as composições para 2020 deverão espelhar 2022.
Dentro do leque de opções apresentado por Ronaldo Guerra, o debate começa com o olhar para as fileiras do partido. Os vereadores Bruno Farias e Léo Bezerra colocaram os nomes para a disputa. Se não houver condições, a lupa é aberta para a base aliada. Neste contexto surge o nome do deputado Wilson Filho (PTB), que colocou o nome à disposição para a disputa. Só depois disso outros serão analisados. O problema para Cícero é se João começar a fazer conta. (com Suetoni S. Maior)
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