Depois de alguns dias "mergulhado", o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) voltou a bater, na manhã de hoje (9), na tecla de que a falta de diálogo do Governo Ricardo Coutinho é um retrocesso. Ele disse que a Paraíba sente-se frustada com o estilo do conflito exercido pelo governador: "Se você não tem condições de resolver tudo, precisa ir resolvendo ano após ano. É necessário que as oposições possam refletir sobre isso no intuito de reconciliar o Governo com o povo paraibano, voltar à harmonia com a sociedade", destacou.
Cássio lembrou que durante a campanha, Ricardo se comprometeu a não demitir os prestadores de serviço. "Hoje se instaurou esse clima de pânico, de terror. É desumano, não foi para isso que eu me aliei a ele. Não é essa a postura que nós queremos. Houve falta de compromisso com a palavra empenhada em relação aos prestadores de serviço. Ricardo governador e Ricardo prefeito, há uma disparidade exorbitante", enfatizou.
O senador disse que o governador fez o contrário do que prometeu em campanha: "O PSDB não assina embaixo o Governo Ricardo. Por isso teremos candidatura própria". Cássio disse que é preciso que as pessoas tenham a consciência que o governo precisa se relacionar: "O desejo do povo paraibano é um governo que faça as pazes com as pessoas. Nós tínhamos a impressão que ele (Ricardo) poderia fazer essa conciliação, essa paz. Estou pronto para fazer essa tentativa de ajudar o Estado para que possamos caminhar juntos".
Cássio falou também que a dificuldade de ouvir críticas, a falta de diálogo desarmonizam os projetos por um Estado melhor. "Um exemplo disse é o que está acontecendo com a UEPB, que é gravíssimo. No meu Governo teve políticas de aumento de salário, expansão da UEPB para outras cidades. Ou seja, são processos visíveis na educação, na segurança. Esse grande salto que falou de 40 anos em quatro não se viu. As grandes obras na Paraíba remontam a meu período de mandato. É muito ruim você ter uma postura que não dialoga", frisou.
O senador voltou a enfatizar, durante a entrevista, ser "fundamental que o governante tenha a característica de unir o Estado. Não podemos aumentar os problemas, por causa de uma postura que se mostra inegociável. Ou diminuímos ou resolvemos. As oposições precisam tentar encontrar um caminho correto de discussão, de união". Cássio disse que existe a possibilidade de Luciano Agra e Ruy Carneiro para compor a chapa do partido.
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