O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) encarou a nova data para o pagamento dos servidores públicos estaduais na Paraíba (previsto para os dias 2 e 3 de fevereiro) como um "sinal nítido de quebradeira". "Há anos que o estado não pagava fora do mês trabalhado", desabafou.
Cássio desmentiu ainda a afirmação do governador, Ricardo Coutinho (PSB), de que a Paraíba seria o único estado do País que estaria assegurando aumento para todo funcionalismo. "Isso não é verdade! No Ceará o aumento foi de 6,45%, na Bahia 5,91%, no Rio de Janeiro 15,8%, em Minas 6,5% e Pará 9%", disse o tucano.
Os índices de reajuste anunciados pelo governador também desagradaram representantes da Polícia Militar (PM) e Sindicato dos Integrantes do Grupo Ocupacional Servidores Fiscais Tributários do Estado da Paraíba (SindiFisco-PB). Segundo o governador, os agentes fiscais terão aumento de 50% na bolsa desempenho.
"Esse índice é um deboche. De acordo com o que está colocado, é um aumento de 1% no salário e 50% na bolsa desempenho. Mais uma vez ele tenta maquiar, precarizar a remuneração dos auditores fiscais. Temos a convicção de que isso tudo é um atestado de incompetência do governo do Estado. Nós temos uma contratação exacerbada de codificados, cidadãos que são contratados precariamente", avaliou Victor Hugo.
Ações contra RC no TRE
O senador comentou ainda os processos que tramitam atualmente no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba contra o atual governador, que as acusações imputadas a Ricardo Coutinho e relativas ao último pleito , "são infinitamente maiores e mais graves que os processos que tiraram o meu mandato de governador".
Ele disse que são oito ações que foram impetradas pelos advogados da coligação A Vontade do Povo onde se comprova a existência de uma série de irregularidades gravíssimas cometidas pelo candidato à reeleição. Entre elas, citou a questão do Empreender, cujos recursos foram simplesmente distribuídos sem nenhum critério técnico na esmagadora maioria dos casos e por toda a Paraíba.
Além disso, observou o Senador , "existem ainda processos referentes aos servidores públicos onde se constata a perseguição a muitos deles e também a existência de novos nomes codificados com a entrada na folha de milhares de servidores no período eleitoral, afora os comprovados gastos excessivos com publicidade, como chamou a atenção o TCE, e outras irregularidades cometidas pela PBPrev.
"O Ministério Público também ingressou com uma AIJE que investiga, entre outras irregularidades o uso político do Programa Empreender, cujo teor comprobatório não deixam dúvidas a respeito das irregularidades cometidas durante a última campanha eleitoral. Por isso mesmo "espero que a justiça tão seja rigorosa e tão célere quanto foi com o meu processo. Esperamos, que a justiça seja igual para todos, com o mesmo peso e a mesma medida", disse Cássio.
O senador lembrou que, no caso dele em 2007, em pouco menos de sete meses a Corte local concluiu o julgamento numa sessão que demorou apenas 40 minutos de duração. Ele tem a convicção que os processos terão trâmite rápido no Tribunal Regional Eleitoral da Justiça da Paraíba.
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