Uma
pessoa foi presa em João Pessoa durante uma operação da Polícia
Federal, na manhã desta terça-feira (15), contra lavagem de dinheiro do
tráfico internacional de drogas. O preso foi Carlos Alexandre, conhecido
como Ceará, delator da Lava Jato. A Operação Efeito Dominó cumpriu
ainda dois mandados de busca e apreensão, um na capital e outro em
Cabedelo.
Na
Operação Lava Jato, Ceará atuava como doleiro com Alberto Youssef. Além
dele, outros dois operadores financeiros agem no esquema investigado
pela Operação Efeito Dominó, que trata-se de um desdobramento da
Operação Spectrum. Ceará firmou acordo de delação premiada com a
Procuradoria-Geral da República (PGR), depois homologado pelo Supremo
Tribunal Federal (STF).
Entenda a operação Efeito Dominó
Na
ocasião a Polícia Federal desarticulou uma estrutura estabelecida para o
tráfico internacional de drogas e comandada por Luiz Carlos da Rocha,
também conhecido como “Cabeça Branca”, reconhecido como um dos maiores
traficantes de entorpecentes da América do Sul com conexões em dezenas
de países, de acordo com a PF. Cerca
de 90 policiais federais participaram da operação, cumprindo 26 ordens
judiciais, sendo 18 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de
prisão preventiva e três mandados de prisão temporária nos estados do
Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Distrito
Federal e São Paulo.
De
acordo com a PF, durante a investigação policial foi possível
identificar uma complexa e organizada estrutura destinada à lavagem de
recursos provenientes do tráfico internacional de entorpecentes. As
investigações demonstram indícios sobre o modus operandi da organização
criminosa, consistente na convergência de interesses das atividades
ilícitas dos “clientes dos doleiros” investigados.
A
PF explica que, de um lado havia a necessidade de disponibilidade de
grande volume de dinheiro em espécie para o pagamento de propinas e de
outro, traficantes internacionais possuíam disponibilidade de recursos
em moeda nacional e necessitavam de dólares para efetuar as transações
internacionais com fornecedores de cocaína. Quanto
ao operador financeiro já investigado da Operação Lava Jato, a PF
explica que ele retornou às suas atividades ilegais mesmo tendo firmado
acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República.
A
ação desta fase tem, dentre outros, o objetivo de reunir informações
complementares da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, contra o
Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa e associação para o
tráfico internacional de entorpecentes. Os presos serão conduzidos à
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à
disposição da Justiça Federal.
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