O Jornal Folha de S. Paulo traz publicado na edição deste domingo (27) o real motivo da pendenga que foi para na justiça eleitoral com relação a recusa do PT não quer se coligar com o PMDB, na Paraíba.
De acordo com a reportagem, uma negociação envolvendo o repasse oficial de recursos financeiros da cúpula nacional do PT para o PMDB abriu uma crise entre as duas legendas, que está atrapalhando a campanha de reeleição da presidente Dilma. Sem aval do comando peemedebista, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), costurou o recebimento de uma ajuda de campanha de R$ 35 milhões.
O PT Nacional, que arrecadaria o valor por meio de doações legais de empresas, repassaria a quantia a cinco candidatos do PMDB a governos em Rondônia, Amazonas, Paraíba, Pará e Alagoas - onde Renan Filho é candidato a governador. Em quatro desses Estados, o candidato peemedebista tem o apoio do PT, a exceção é em Rondônia. Na Paraíba o TRE-PB vai decidir até o dia 5 de agosto se mantém a coligação firmada com o PSB ou retorna a aliança com o PMDB, como determinou a executiva nacional do PT.
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que esteve na Paraíba esta semana, foi informado da exclusão da maioria do partido no repasse e exigiu que fosse feita uma distribuição igualitária para todos os candidatos da sigla. A negociação com Renan foi acertada com Aloizio Mercadante, ministro Chefe da Casa Civil da Presidência da República. O mal-estar chegou aos ouvidos de Dilma. Congressistas afirmam que o imbróglio foi o principal motivo da volta de Temer à presidência do partido.
Pelo desenho, acordado entre PT e PMDB, seriam repassados cerca de R$ 8 milhões para Alagoas, Paraíba, Amazonas e Pará. Rondônia, Estado do então presidente do partido, Valdir Raupp, ficaria com R$ 3 milhões.
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