Ao final do debate realizada pela TV Master, na noite de ontem (31/07), os seis candidatos ao governo do estado tiveram a primeira oportunidade, na campanha deste ano, de apresentar suas propostas, foi marcado por troca de farpas, acusações e vários direitos de resposta. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o governador Ricardo Coutinho (PSB) dividiram as atenções e inclusive os pedidos de Direito de Resposta, que consumiram boa parte do debate. Já o senador Vitalzinho (PMDB) foi o que se apresentou mais tranquilo e pode melhor passar a mensagem do seu plano de governo ao eleitor.
O deputado federal Major Fábio (Pros) afirmou, no debate, estar representando a "indignação do povo". Já Ricardo Coutinho, candidato à reeleição, disse que estava feliz por ser candidato sem ter que fazer peripécias e afirmou ter quebrado paradigmas. Antônio Radical (PSTU), afirmou que era candidato para enfrentar os grupos sempre representados pelos mesmos partidos. Para Cássio, o momento é de "fazer um governo novo". "Aprendi com os erros e sofrimentos pessoais e quero tirar a Paraíba do retrocesso que vive, sem ódio e sem rancor".
Vitalzinho disse que vai romper com o atraso, assim como o candidato do Psol, Tárcio Teixeira, que disse ter várias críticas sobre o "sistema político". Ricardo foi acusado de "estelionato eleitoral" por Radical, quando disse que na eleição passada que reduziria a criminalidade em três meses. Como proposta para segurança, Vitalzinho defendeu uma segurança enérgica, com proposta ousada de se contratar soldados temporários, e Cássio defendeu o restabelecimento do diálogo com a tropa.
Major Fábio condenou a privatização da Saúde no Hospital de Trauma: "Essa história de apresentar número não é suficiente, já que não é esta a sensação do povo". Inclusive, questionou Radical sobre o pagamento do piso dos professores e Radical fez várias críticas a atual gestão, acusando Ricardo de ter inchado a máquina com prestadores de serviço. As acusações entre Cássio e Ricardo só cresceram, onde o tucano destacou as acusações de corrupção no Hospital de Trauma, já Ricardo disse que toda esta acusação é fruto de um relatório que vazou.
Sobre abastecimento de água, Cássio lembrou ter construído adutoras, inclusive em João Pessoa e acusou Ricardo de não ter concluído muitas destas obras. Ele disse ainda ter dobrado a rede coletora do estado. Vitalzinho defendeu o Porto de águas profundas e acusou o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), candidato a Presidência da República, apoiado por Ricardo, de ser contra o porto de Cabedelo, sendo questionado frontalmente pelo governador, que citou vários avanços lá.
No penúltimo bloco, temas como analfabetismo, fornecimento de água e geração de empregos acabaram ficando sem segundo bloco, dando lugar a vários direitos de respostas e ataques pessoais. Ricardo chegou a afirmar ter construído mais estradas que Cássio, enquanto que o tucano esclareceu que as obras do PSB só ocorreram por terem sido "planejadas, licitadas e com recursos captados" em sua gestão. "Ricardo pegou, na verdade, uma garapa porque a única coisa que ele fez foi assinar ordens de serviço. Lembrando que há muito serviço sem ordem", comentou Cássio.
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