quinta-feira, 18 de setembro de 2014

‘The Economist’ destaca resposta de Marina a Dilma: "Dilma, você fique ciente! [...] Eu sei o que é passar fome!". Veja o vídeo...


Os ataques da campanha de Dilma Rousseff renderam a Marina Silva uma manchete —‘Não é discurso. É uma vida’— e alguns centímetros de notícia na revista britânica ‘The Economist’. A mais prestigiosa revista econômica do planeta destacou o embate das duas candidatas em torno do Bolsa Família.
A revista informa que Dilma alardeia que só a vitória dela pode assegurar a continuidade do principal programa social do governo. O texto realça que, num universo de 140 milhões de votos, o Bolsa Família beneficia direta ou indiretamente 30 milhões de eleitores —uma arma poderosa.
“The Economist” conta aos seus leitores que Marina veiculou uma resposta a Dilma em sua propaganda eleitoral de 16 de setembro. Escrita para inglês entender, a notícia explica que, para sentir a força das palavras de Marina, era necessário saber que ela nasceu no Seringal Bagaço, nos fundões pobres do Acre.
“Diferentemente de quase todos os políticos brasileiros, ela sabe o que é sentir fome”, anotou a 'Economist', antes de transcrever o discurso de Marina, filmado num comício em Fortaleza. Diz a candidata, a certa altura:
“Dilma, você fique ciente! Não vale combater com as suas armas. Vale combater com a nossa verdade, com o nosso respeito e com as nossas propostas", disparou Marina.
"… Nós vamos manter o Bolsa Família. E sabe por quê? Porque eu nasci no Seringal Bagaço. Eu sei o que é passar fome. Tudo o que minha mãe tinha para oito filhos era um ovo e um pouco de farinha e sal, com umas palhinhas de cebola picada. Eu me lembro de ter olhado pro meu pai e minha mãe e perguntado: vocês não vão comer? E minha mãe respondeu: 'nós não estamos com fome.' E uma criança acreditou naquilo. Mas eu depois entendi que eles há mais de um dia não comiam. Quem viveu essa experiência jamais acabará com o Bolsa Família. Não é um discurso! É uma vida!”.
Para azar de Marina, a ‘The Economist’ não circula nas áreas pobres do Norte, do Nordeste e nas periferias das grandes cidades brasileiras. (com Josias de Souza)

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