Além faltar com assistência, Prefeitura de Itaporanga impõe tratamento desumano a pai de família que esperou seis horas na porta de cemitério pra enterra o filho.

Vereador Jailson teve de intervir para que prefeitura autorizasse o enterro...

Situação lamentável aconteceu na manhã deste sábado (30) em Itaporanga, no Vale do Piancó, quando um pai que acabara de perder o filho teve que ficar uma manhã inteira na porta do cemitério aguardando autorização da prefeitura para fazer sepultamento com um mínimo de dignidade que um se humano pode ter.

Dignidade que falta à gestão atual quando não dá suporte ou qualquer assistência a famílias, como essa, em momento como esse. Foi de uma infelicidade sem tamanho ao se portar de maneira desumana para com o povo pobre, carente, mais necessitado, que não tem à quem recorrer para ter a garantia mínima que seja de seus direitos, como diz a Constituição Federal.

Fabrício levou a esposa grávida na noite de ontem (29) para o Hospital Distrital de Itaporanga assim que ela sentiu dores. Diz o pai que por volta de 1h da madrugada a criança nasceu prematura vindo a falecer em seguida. Então, ele aguardou raiá o dia para se dirigir ao cemitério e fazer o enterro. Às 6h da manhã estava lá e o coveiro lhe disse que não tinha autorização da prefeitura pra fazer. 

Com o tempo passando e a agonia aumentando, sem nada ser resolvido, ele decidiu procurar o vereador Jailson de Zeca e contou todo o caso. O vereador foi até o cemitério e lá passou a entrar em contato com os setores responsáveis da prefeitura, que lhe informaram que o hospital se recusava a emitir um documento para ser dada a autorização. 

Algo grotesco, lamentável, desumano, que precisa ser apurado pelo Ministério Público. Uma família num momento de desolação, sem apoio do poder público, sem assistência fúnebre, e ter de passar dia na porta de um cemitério esperando uma solução enquanto os órgãos públicos ficam num jogo de pingue pongue com a vida do povo, é inaceitável.

O pai e o vereador relataram a situação ao Blog para que a população tome conhecimento desse descaso com o povo pobre. Com Jailson de Zeca em campo, a prefeitura se viu acuada e autorizou o enterro. Deixou de lado até a história do hospital. E aí, para fechar a nota, o cemitério está tomado pelo mato. O pai e o coveiro tiveram mais um trabalho que foi a limpeza, pelo menos daquele local, já que a prefeitura não o faz. "É uma vergonha isso, agente ter de ficar aqui esperando o dia inteiro autorização para enterrar um filho", relatou o pai.

"A prefeitura tem causado sérios transtornos ao povo de Itaporanga. Essa situação é vergonhosa para o poder público, que já não dá qualquer assistência mínima que seja. Agora, maltratar a população, principalmente, a mais necessitada como vem fazendo, isso é inaceitável", falou o vereador.