quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Ricardo Pinto lamenta que os produtores rurais não tenham recebido seguro-safra, falta de ações durante 'Outubro Rosa' e 'Novembro Azul' e condena gastos de R$ 500 mil com bandas em festa enquanto município está sob situação de emergência.

Atuação capacitada e qualificada caminho a seguir pelo parlamentar no tocante a representação lhe outorgada pelo povo. Sabemos que poucos seguem essa linha, pois preferem apalpar o ego do executivo. Os poucos que atendem o clamor do povo e aceitam essa missão proporcionam a esperança de que ainda há seriedade na política.
Um exemplo disso vem da firmeza da oposição na Câmara Municipal de Itaporanga. Num discurso bastante contundente, durante a sessão passada, o vereador Ricardo Pinto (PSDB) continuou firme no combate ao malfeito e defesa de ações em prol da população. Iniciou seu discurso, na tribuna, lembrando a preocupação externada no segundo semestre do ano passado com relação ao seguro-safra.
Dizia ele, na ocasião, que os produtores rurais do município não receberiam o benefício porque a Prefeitura não cumprira com sua parte no programa - depositar a parcela que cabe ao município. O produtor rural cumpriu com a sua e até agora, passados vários meses, ainda não recebeu nenhum centavo da ajuda do programa federal por conta da insensatez do municipal.
O mais grave é que, segundo o vereador, no dia 22 de outubro de 2014 o governador, à pedido do próprio prefeito, decretou Situação de Emergência no município que com esse simples ato já se qualificava para que os produtores rurais fossem beneficiados. "Por conta desse descuido, vamos assim chamar, do senhor prefeito, o homem do campo foi prejudicado. Até hoje não recebeu seu seguro safra, ao contrário de municípios da região. Toda a população de Itaporanga está pagando um preço alto por essa administração", declarou.
Ricardo também lamentou ausência de ações em outubro e novembro com relação às campanhas 'Outubro Rosa' e 'Novembro Azul' de combate, respectivamente, aos canceres de mama e de próstata. Ele afirmou que em outubro a prefeitura não realizou uma única mamografia e que em novembro não foi realizado nenhum exame de próstata, psa, etc... nem ao menos palestras.
"Nada, nada, nada foi feito em outubro e novembro. Uma única mamografia não foi feita. Nenhum exame de próstata, psa... Nem ao menos uma palestra foi realizada. A não ser que desgraçaram as paredes e os postes da cidade com propaganda enganosa. Verifiquei nos balancetes de outubro e novembro e nenhum exame foi feito", falou ao completar dizendo que a prefeitura não ornamentou a cidade nem para as comemorações de natal e fim de ano.
Por fim, o tucano pontuou como maior exemplo de improbidade administração o gasto superior a R$ 500 mil feito pela prefeitura na festa de aniversário do município, ocorrida no início de janeiro, no momento em que vive um "caos administrativo" e, pior ainda, estando em "situação de emergência", conforme decreto do Governo do Estado reconhecido pelo Governo Federal. Nesse cenário, havia outras prioridades já que o povo passa por necessidades, não há remédios na farmácia básica, falta ações de emergência para o homem do campo, etc.
"É a maior prova de desrespeito e improbidade administrativa. Gastar mais de R$ 500 mil com festa de aniversário da cidade enquanto o município vive um caos administrativo e o povo passa por necessidade. Ninguém ver a prefeitura dar feira a um pobre, uma hora de trator pro agricultor... o decreto de emergência e a dispensa de licitação é pra isso. E não pra contratar festas. Ainda mais gastando mais de R$ 500 mil enquanto o povo sofre com ausência de serviços essenciais. Falta medicamentos na farmácia básica...", pontuou o vereador mostrando da tribuna farta documentação que comprova suas declarações.
De acordo com essa documentação esses gastos foram somente em bandas e estrutura de som e palco, dentre outros pequenos itens. "Já viram falar em um prefeito do município colocar uma mesa no meio da avenida, com bebida e comida, trazer um monte de azilados pra comer e beber de graça às custas dos cofres públicos de Itaporanga. Ninguém nunca ouviu falar isso, a não ser na atual gestão!", concluiu. Numa dessas situações, os cofres públicos de Itaporanga custeou quase R$ 6 mil gastos numa mesa com bebida e comida, oferecidas pelo prefeito aos seus convivas.
Nada contra o gestor municipal querer promover banquetes para seus correligionários e amigos. Mas, claro, desde que não seja pago pelos cofres públicos do município. "Nunca vi tanto desrespeito com a população como esta administração está fazendo. No ano de 2014, por exemplo, o FPM aumentou em mais de R$ 5 milhões. Cadê o dinheiro que tava aqui? Ou melhor, cadê o dinheiro do povo?", concluiu o vereador.

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