O financiamento para a reforma ou compra de material de construção ficou mais caro pela linha de crédito da Caixa Econômica Federal, o Construcard. A instituição financeira elevou neste mês as taxas de juros mensais do programa, que antes era de 1,50% a 2,33% e agora varia de 1,60% a 2,40%. Para lojistas do setor da construção, a medida deve impactar negativamente no mercado paraibano, que já registrou retração de até 30% no mês de janeiro, comparado ao mesmo período do ano passado.
O teto dessa faixa vale para os empréstimos com prazos mais longos de pagamento e para clientes sem relacionamento com o banco. Com a dificuldade de acesso ao crédito, dentro de um contexto econômico de reajustes como a do combustível e inflação em alta, os donos de lojas de material de construção na capital paraibana mostram-se preocupados com a situação das empresas e não esperam recuperação das perdas a curto prazo.
De acordo com José Torres, proprietário da loja "Torres Telhas", em João Pessoa, a alta do combustível por causa do reajuste do PIS/Cofins (R$ 0,22 por litro da gasolina e R$ 0,15 por litro do diesel) já repercute no preço do frete e mesmo com a retração nas vendas, este aumento será repassado para o consumidor ainda este mês.
A gerente do Depósito Santa Júlia, Jandira de Albuquerque, frisou que desde o mês de dezembro já percebeu uma redução nas vendas. E em janeiro a baixa já chegou a 15% comparado ao mesmo período de 2014. De acordo com Jandira, os reajustes que passaram a vigorar há algumas semanas já encareceram produtos como areia e cimento. “Temos que repassar esta alta para o consumidor. Somente o saco de cimento aumentou R$ 1,50 e hoje custa R$ 26”.
Para tentar sobressair neste momento de crise, os empresários tentam reduzir ao máximo as despesas das empresas e evitam contratar mão de obra, optando por empregados terceirizados. (com JP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário