Atendendo clamor do povo, Câmara de Itaporanga reprova por 8 a 1 PL do prefeito que queria acabar com feriados, memória e história do município e de Padre Zé.

E a Câmara Municipal de Itaporanga preferiu não "pagar pra ver" comprando uma briga que era do prefeito Divaldo (sem partido) contra o povo ao querer acabar com os feriados do 9 de Janeiro (Aniversário do Município), 29 de Junho (festejos de São Pedro) e 19 de Setembro (alusivo ao Falecimento de Padré Zé, maior benfeitor do município). Revoltado com o projeto, população se mobilizou e houve uma grande comoção popular mostrando que ainda há como fazer a câmara votar à favor do povo.
Depois de uma repercussão negativa, o plenário da Casa reprovou por um placar elástico, de 8 a 1, o Projeto de Lei Nº 02/2019, de autoria do Poder Executivo, que pretendia acabar com a memória e história do município e do monsenhor José Sinfrônio. 

A matéria foi reprovada já contendo a emenda "jabuti" apresentada pelo vereador Hélio do Bar, que deixava apenas o feriado 9 de Janeiro dos três em questão. O único voto favorável foi de João Guimarães. O vereador Ildean Caetano não compareceu à sessão e o presidente Jucivan Araújo não votou, já que usaria a prerrogativa apenas em caso de empate. Dessa forma foram em consonância com o apelo da população, votando contra a matéria os vereadores: Márcio Rodão, Jailson de Zeca, Izabelle Mendes, Duvan, Neném de Adailton, Hélio do Bar, Judivan Custódio e Romildo do Leite.

Assim, permanece em vigor a Lei Municipal Nº 925/2016 em sua totalidade, sendo feriados municipais em Itaporanga:

- 09 de Janeiro (Emancipação)

- Quinta Feira Santa ( religioso )

- Sexta Feira da Paixão  ( religioso )

- Corpus Christi ( religioso )

- 29 de Junho (Festejos de São Pedro)

- 19 de Setembro (Morte de Pe. Zé)

- 08 de Dezembro - Padroeira ( religioso )

O vereador Márcio Rodão, que foi um baluarte na luta contra o projeto, fez crítica velada ao prefeito, autor da proposta, e à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) que, em seu entendimento, seriam beneficiados em detrimento dos trabalhadores que os mais prejudicados. "A CDL que deu grande apoio na eleição do prefeito tem forte influência sobre ele, que antes de ser prefeito é empresário, e a extinção dos feriados, como quer a CDL, prejudicaria os trabalhadores", afirmou Márcio Rodão.
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