Nascido em 2005 com a finalidade de reunir políticos evangélicos de diversas legendas, o Partido Republicano Brasileiro (PRB), que teve o empresário José Alencar como vice-presidente de Lula, vai mudar de nome, o oitavo partido a mudar o nome desde o início da última legislatura, há quatro anos. O PRB se chamará Republicanos, repetindo o movimento de retirada da expressão "Partido" ocorrida em todos os casos anteriores.
O deputado federal Hugo Motta, presidente do PRB na Paraíba, comentou sobre a mudança de nome da sua sigla, algo que para o parlamentar não representa uma tática de marketing, mas sim estudo amplo sobre aquilo que o partido deverá apresentar a sociedade brasileira. “Esse estudo foi concluído por sociólogos, cientistas políticos. O partido chegou ao nome de Republicanos. Apresentamos na Convenção Nacional que aprovou a mudança, uma carta com a nova resolução do partido, o que o Republicanos defende, o que ele pensa ser bom para o Brasil”, disse Hugo, sobre seu partido que é ligado à Igreja Universal.
A intenção da legenda é focar sua atuação no campo ideológico da centro-direita e para está mais próximo da população. Hugo Motta comentou ainda, que a bancada do seu partido foi uma das únicas bancadas que conseguiu crescer, na última eleição, que foi uma eleição totalmente atípica. “O partido não muda de nome para sobreviver. O partido muda de nome para dar ao País a condição de está mais próximo dos anseios que são fundamentais para população brasileira”, explicou Hugo Motta que é o 2º secretário da Comissão Executiva Nacional.
Com o movimento, o partido quer deixar para trás o histórico de aliança com a esquerda e criar um movimento independente do bolsonarismo, como é descrito como um exemplo de direita "radical". os principais nomes do PRB, hoje, são o vice-presidente da Câmara dos Deputados, ex-ministro Marcos Pereira, presidente nacional da legenda, e o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, ambos ambos religiosos licenciados da Igreja Universal.
Mudanças
Em 2007, o Partido da Frente Liberal (PFL) sofria um intenso desgaste. Nascida de uma divisão da Arena, partido de sustentação da ditadura militar, a legenda foi uma das responsáveis por permitir a vitória da oposição, liderada por Tancredo Neves e José Sarney, no colégio eleitoral de 1985. Depois de vinte anos, diante das dificuldades da oposição à direita durante o governo do ex-presidente Lula, a solução encontrada foi a refundação do partido, que é o atual DEM. Hoje, a legenda voltou a ocupar posições de relevância no cenário nacional tendo, entre outros, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.
No último ciclo eleitoral, a tética resultou numa redução da "sopa de letras" com a proliferação de partidos conhecidos por uma única palavra. São os casos do PTN e PEN, partidos nanicos que se transformaram em Podemos e Patriota e lançaram as candidaturas de Alvaro Dias e Cabo Daciollo à Presidência da República em 2018. Além destes, o PT do B virou Avante e o Partido Progressista virou Progressistas (apesar de manter a sigla PP).
Neste ano, o movimento continuou com o PPS, que foi refundado e passou a se chamar Cidadania. Os que mudaram a nomenclatura, ma continuaram utilizando siglas, foram o PMDB, que retornou às origens e voltou à se chamar MDB, e o Partido da Social-Democracia Cristã, legenda do eterno candidato José Maria Eymael, que simplificou se nome e se tornou Democracia Cristã (DC).
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