Os dois ex-prefeitos campinenses há anos que não se falam e nem sequer se cumprimentam. Cozete entrou no ostracismo político quando terminou o seu mandato e esperava receber daquele que a sucedeu, Veneziano Vital do Rego, um tratamento diferenciado uma vez que o seu apoio no segundo turno da eleição foi fundamental para a vitória do cabeludo. Mas, ungido do cargo, Veneziano deu-lhe as costas e motivou a fúria da ex-gestora. “Eu elegi Veneziano e ele é tão desleal, que foi eleito em outubro e em janeiro já tinha movido inúmeros processos contra mim. Ele não fez outra campanha se não me difamar”, avisou Cozete para toda Campina Grande ouvir.
Segundo Cozete, “Veneziano fez o melhor governo dele no primeiro ano de mandato, pois foi com o orçamento que eu deixei”. E disse mais: “Eu elegi Veneziano, esse monstrinho que está ai na prefeitura hoje”.
Através de emissoras de rádio à época, Cozete não economizou palavras em desfavor de Veneziano: “Fui difamada, caluniada, estuprada publicamente por Veneziano e Cássio Cunha Lima”, lastimou-se. Mas, ontem, uma outra Cozete apareceu no centro de Campina Grande, abraçada a Veneziano, Nilda Gondim, José Maranhão e Tatiana Medeiros , outra que defenestrou recentemente.
Abraçada a estes peemedebistas, e longe de querer repetir que Veneziano é “um monstrinho”, Cozete passeou pelas ruas sete de Setembro, Cardoso Vieira e Marquês do Herval com sorriso de adolescente estampado no rosto, permitindo especular que de uma só vez todos os seus enormes problemas foram apagados e solucionados. Sobre Tatiana Medeiros, a candidata a prefeita que Veneziano não conseguiu fazer sua sucessora, Cozete costumava lembrar que a medica a ela tudo devia. “Ela deve a mim o seu primeiro emprego, pois a chamei para trabalhar no SAMU, como Veneziano deve a mim que toda a corja dele que está na prefeitura. Ele deve a mim tudo que ele é hoje”, destacou Cozete na ocasião.
Cozete disse mais: que até hoje (à época) só apoiou gente sem caráter, embora ressalvasse que não se sentia injustiçada. “Na política, não tenho com quem mais me decepcionar. Apoiei uma pessoa, como o secretário de Educação do município (Flávio Romero), que no outro dia me processou por uma diferença de uma conta de acessório escolar de R$ 24,00, na Procuradoria Federal”, disse a ex-prefeita.
Como a paz voltou a reinar entre Cozete e Veneziano, uma pergunta se impõe: quanto tempo durará? (com Marcos Marinho)
Nenhum comentário:
Postar um comentário