sábado, 4 de julho de 2015

"Paraíba vive uma guerra civil", considera presidente da CPI da Violência, deputado Reginaldo Lopes durante audiência em João Pessoa.

"Paraíba vive uma guerra civil", considera presidente da CPI da Violência
A Paraíba vive uma guerra civil. Essa foi a avaliação do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a violência contra jovens negros e pobres, Reginaldo Lopes (foto), que esteve no Estado visitando áreas de conflitos e participou de audiência pública, nessa sexta-feira (3), em João Pessoa. "Os indicadores apontam que são mais de 150 homicídios para cada 100 mil habitantes em João Pessoa e quase 100 mil em todo o Estado", destacou.
Segundo o presidente da CPI, os poderes públicos da Paraíba precisam se unir para criar um plano estratégico de combate à violência que consiga reduzir esses indicadores negativos e acrescentou que o problema não está só no estado nordestino. "No Brasil como um todo, entre 2004 e 2007, matou-se mais do que nos 12 grandes conflitos internacionais e nos outros 50 pequenos conflitos", lamentou Lopes, acrescentando que nos 62 conflitos internacionais foram assassinadas 206 mil pessoas, enquanto que, no mesmo período, o Brasil matou 209.
Audiência pública da Câmara dos Deputados, na capital paraibana, aconteceu na sede da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado da Paraíba (Fecomercio), reunindo autoridades paraibanas e representantes de movimentos sociais durante a tarde dessa sexta-feira e início da noite. No debate, que também foi acompanhando pelos deputados Rosângela Gomes (relatora) e Damião Feliciano, ocorreu divergências quando foi abordado a redução da maioridade penal.
Os deputados federais Wilson Filho (PTB) - vice-presidente da CPI e Edson Moreira (PTN/MG), membro, foram vaiados quando tentaram justificar os votos favoráveis a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Antes desse transtorno, o deputado estadual Frei Anastácio já havia se retirado da audiência criticando a atuação de membros de CPI da Câmara que são favoráveis à redução.

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