Fruto da incompetência e despreparo da atual gestão do prefeito Audiberg Alves (PTB) a folha de pagamento deste mês de fevereiro foi fechada sem que o magistério municipal tivesse direito ao reajuste de 1,80% dado pelo gestor, acrescentado aos 8,20% determinado por lei pelo Ministério da Educação como reajuste deste ano no piso da categoria. A gestão, então, segundo informações, teria escalado a presidente do sindicato da classe, a professora Ana Cláudia, para espalhar a versão fantasiosa de que os profissionais da educação foram prejudicados por conta da Câmara Municipal no atraso para apreciação da matéria.
Seguidora dos ditames da atual gestão municipal, Ana Cláudia, que é secretária da Executiva Municipal do PTB, e trabalhou na linha de frente na campanha do prefeito, mesmo partido político ao qual Berguim está filiado, quis colocar a classe contra o Poder Legislativo e denegrir a Casa do Povo. Entretanto, o presidente Jacklino Pocino (PMDB) tratou de desmascarar a farsa e mostrar aos professores e público presente na sessão de ontem (27) que tudo não passava de uma orquestração da gestão municipal em sintonia com o peleguismo à que o sindicato se submeteu. Pra começo de conversa foi a própria presidente da classe que anunciou no plenário da Casa, ano passado, que o sindicato agora era governo: "Nós tamo (e não nós estamos) agora no poder!", disse Ana Cláudia.
"A Câmara cumpriu todos os trâmites para aprovar o projeto dentro dos prazos e assim foi feito. Agora, o executivo que poderia dá esse reajuste através de decreto sem precisar passar por esta Casa, simplesmente manda a matéria à toque de caixa. Porque não enviou na abertura dos trabalhos? E mesmo assim foi aprovado à tempo de se colocar o reajuste no contra-cheque dos professores. O prefeito não colocou porque não quis. A presidente do sindicato não atua com imparcialidade e independência, que deveria ser sua função, inclusive, ética, mas prefere submeter a classe ao vexame de estar agachada perante o executivo. A senhora (Ana Cláudia) é pra defender o trabalhador e não o patrão. Outro dia disse aqui mesmo em voz alta que o sindicato, agora, era governo. Como pode uma coisa dessas? Isso é no mínimo antiético", pontuou Jacklino olhando em direção à própria sindicalista e professores presentes no plenário.
Alguns professores saíram da sessão convictos de que o que o sindicato diz nas ruas não é a realidade. "Agente escuta uma coisa na rua aí quando vem aqui vê que tudo era mentira. Por isso, não perco mais nenhuma sessão porque vejo que os vereadores estão com a razão. O sindicato só sabe nos enganar. Agora, como há maioria ligada ao prefeito em sua direção, fica todo mundo calado. Me sinto envergonhada com essa representação...", disse uma das professoras.
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