O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) deu sinais do porquê de ter rompido com o governador Ricardo Coutinho (PSB). Em recado direto para o ex-aliado, o senador abalou as estruturas do Palácio da Redenção: "Essa história do governo de quero, posso e mando já não existe mais", disse Cássio ao responder pergunta da repórter Mislene Santos.
O tucano condenou assim o que se chama de governos "totalitários". Disse Cássio: "As pessoas foram às ruas, inclusive não faz muito tempo, para mostrar exatamente que esse tipo de modelo de política nós não aceitamos mais". É verdade, só o governador que o tucano ajudou a eleger não percebeu isso ainda.
E completou: "Na democracia chega um tempo que tem eleição e você tem que discutir eleição, e as pessoas se posicionam, e todo mundo tem liberdade plena de se posicionar. Já passou o tempo em que algumas pessoas se intitulavam dono da vontade alheia (...). A liberdade é talvez o maior bem que o ser humano tem e essa liberdade deve ser exercida de forma plena...".
"... Sem restrições, adjetivações, com tolerância, capacidade de diálogo, com respeito ao contraditório e respeito a opinião divergente", concluiu o senador. Para bom entendedor, Cássio quis dizer o seguinte: todo poder tem limite. Ou seja, ele pode estar se referindo ao governador Ricardo Coutinho e a sua propalada forma de fazer política, considerada pela oposição personalista e centralizadora demais.
As declarações de Cássio foram feitas na noite de ontem (13) durante solenidade em comemoração ao centenário do ex-ministro e ex-governador José Agripino Filho.
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