O presidente da União Brasileira de Municípios (UBAM), executivo Edy Torgatto, criticou o lucro da Energisa, registrado em 2013, e classificou como verdadeiro "tapa na cara dos paraibanos", tendo em vista, segundo ele, que a energia é um direito de todos, devendo sua distribuição ser adequada a necessidade e ao poder aquisitivo dos cidadãos, não sendo possível permitir que esse bem necessário a vida se transforme em objeto de enriquecimento.
Torgatto lamenta que a maioria das autoridades constituídas não estão se importando com a política de distribuição de energia elétrica no Estado, permitindo um lucro absurdo, ainda por cima com um péssimo serviço prestado pela concessionária, que vem ocasionando prejuízos irreparáveis aos consumidores, devido as frequentes oscilações na energia, com a perda de eletrodomésticos e a dificuldade de receber indenizações da companhia.
Ele defende a quebra de monopólio da Energisa e a municipalização dos serviços de energia elétrica por todos os prefeitos da Paraíba."Essa repassadora de energia elétrica, que podemos considerar como apenas uma atravessadora, registrou lucro líquido consolidado de R$ 202,7 milhões em 2013, só na Paraíba, evidenciando uma desproporcionalidade imensa, com lucros que superam os bancos e outras atividades. Inclusive, lembre-se que a distribuição de energia não se encaixe numa política empresaria lucrativa, tendo em vista que a energia é um bem necessário à vida e não pode faltar aos brasileiros, pois é gerada por hidroelétricas construídas com os impostos do povo", disse.
Segundo Torgatto, a UBAM já solicitou a Assembléia Legislativa a realização de uma Audiência Pública, para debater o lucro da Energisa e também saber que percentual desse lucro foi gasto na Paraíba, pois, segundo ele, a empresa tem enriquecido assustadoramente, inclusive, adquirindo concessionárias, a exemplo do Grupo Rede, adquirido por cerca de R$ 3 bilhões, demonstrando assim que energia é muito lucrativo, ficando do outro lado os consumidores enganados e iludidos, pagando uma conta tão alta apenas para fazer milionários. (com Joseana Karla/Ascom)
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