Reza a Constituição brasileira que todos são iguais perante a lei. Assim, cabe perguntar: por que só os médicos? Por que não obrigar os estudantes de psicologia, de odontologia e até de veterinária a suar a camisa pelo governo por dois anos? Por que não direcionar a rapaziada da engenharia para as obras públicas? Invertendo-se a lógica oficial, pode-se indagar também: por que não seduzir os jovens médicos oferecendo-lhes salários convidativos e condições de trabalho decentes no SUS?
O programa de Dilma Rousseff foi baixado por medida provisória. Significa dizer que entra em vigor imediatamente. Mas terá de ser aprovado pelo Congresso. A OAB e entidades médicas apressaram-se em dizer que é inconstitucional a exigir dos estudantes que trabalhem no SUS. Considerando-se as divisões observadas no condomínio governistas, não são negligenciáveis as chances de o Congresso modificar a proposta de Dilma.
Alheia aos riscos, a presidente não cansa de desafiar a sorte. Após recuar da Constituinte, bateu o pé em relação ao plebiscito. Não terá. Agora, tenta impor aos estudantes de medicina uma espécie de segundo serviço militar obrigatório. Nesse ritmo, Dilma acaba convocando rede nacional de rádio e tevê para anunciar que seu governo irá desfritar um ovo. (com Josias de Souza)
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