sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Caso da propina para secretários do Governo RC: Cláudio Lima diz que mandou devolver dinheiro apreendido e que não tinha mais detalhes...

CASO DA PROPINA: Cláudio Lima diz que mandou devolver dinheiro apreendido
O Ministério Público já tem o caminho por onde começar a investigação sobre a denúncia do “propinoduto” do PSB, protocolado nesta quinta (25) pelo Fórum dos Servidores do Estado. O secretário da Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, tornou-se um “réu confesso” sobre o escândalo, conforme revelação feita nesta sexta (26) à imprensa ao “confirmar que a apreensão foi feita, momento em que uma delegada telefonou-me para saber qual o procedimento deveria adotar em relação ao dinheiro apreendido”, conforme o texto.
O secretário, então declarou: “Não lembro o nome (delegada), mas mandei que ela tomasse providências e que se não desse flagrante (prisão), fizesse a apreensão”. Cláudio garantiu que o Ministério Público teria sido acionado para que os valores fossem devolvidos. No entanto, disse que não entrou em contato com o MP para que as investigações fossem retomadas.
Em outras palavras: o Ministério Público, à época, foi omisso. Apesar da repercussão do caso fez de conta que não existiu ou jamais imaginou que fosse descoberto. Então, agora está com a missão de esclarecer a opinião pública sobre um crime que a população reprova: o mensalão, que já colocou figurões do PT na cadeia.
Lima é um secretário que não sabe absolutamente de nada, alegando ao ser perguntado “os motivos que levaram a Delegacia Geral a não encaminhar as investigações para outra unidade específica”, o auxiliar do Palácio da Redenção afirmou que “não tenho mais detalhes do processo, porque estava em viagem a Campina Grande.”
E reiterou: “Os recursos apreendidos foram devolvidos por funcionário da Secretaria Executiva, porque o secretário entendeu que poderia apurar o caso sem a necessidade de reter os valores.”
O secretário ainda informou que na época não se interessou pelo caso. “Não houve arquivamento ou tentativa de abafar, até porque oito delegados participaram da oitiva, vários funcionários ficaram sabendo”, disse.
Conforme os documentos apresentados na operação - batizada 'Mar de Lama', durante uma blitz de rotina a polícia teria interceptado um veículo modelo Fox, placas DYE-5922, que teria sido flagrado transportando a quantia de R$ 81 mil reais, sacada na Agência do Banco do Brasil de Benfica, no Recife.
Ainda segundo a denúncia, ao lado da quantia os policiais teriam apreendido um papel com a orientação para a distribuição do dinheiro que seria entregue a Gilberto Carneiro, atual procurador geral do Estado, Livânia Farias, atual secretária de Administração, Coriolano Coutinho, irmão do governador Ricardo Coutinho, e Dra Laura Farias, que na época era da Sudema.
À época em que o fato teria acontecido, o caso teria sido encaminhado à Delegacia de Repreensão à Entorpecentes e os delegados Allan Terruel; Aldrovilli Dantas; Marcos Vilela, Ramirez Pedro, Daniela Vicuuna; Dulcineia Costa; Marcos Lameirão e Jeferson Vieira foram chamados para auxiliarem nas investigações.
O secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, também foi chamado e levou o caso ao conhecimento de Ricardo Coutinho, que teria determinado que o caso fosse “abafado” e excluído dos arquivos da Polícia da Paraíba.
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