O pedido de tropas federais para garantir a normalidade do pleito em Campina Grande, aprovado pelo TRE-PB, seguiu para o TSE, a quem compete autorizar ou não o envio do reforço. O que poucos sabem são as fundamentações que justificam o pedido, além, naturalmente, do histórico de quatro pleitos anteriores em que a Paraíba recebeu o Exército, em razão do acirramento das campanhas.
Entre os embasamentos principais está um relatório de inteligência elaborado pela Polícia Federal, que aponta a necessidade de reforço no aparato de segurança ostensiva. Contudo, o argumento mais grave é a existência de um "elevado grau de comprometimento político da Polícia Militar". Chegando ao ponto de uma policial fardada ir a uma reunião da Justiça Eleitoral representando a coligação "A Força do Trabalho".
O relator do pedido de tropas federais para CG, juiz Breno Wanderley, pontuou que o fato da policial fardada representar a coligação perante a Justiça Eleitoral mostra o nível de complacência e de parcialidade que a corporação se submete em uma eleição e, apesar de ser uma situação de exceção, evidencia como as paixões políticas em CG se mostram "acima das fardas".
Para as juízas eleitorais de Campina Grande, a cidade que está entre as maiores do Nordeste tem grau de criminalidade elevadíssimo. Além disso, segundo a petição das magistradas, não há número suficiente de policiais para demanda eleitoral no município. (com Aline Lins)
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