Não são poucas as evidências que levam a existência de um possível "propinoduto" ou o velho e surrado termo "mensalão", na Paraíba durante a atual gestão. O caso foi acelerado com as revelações trazidas à tona pelo Fórum dos Servidores. É que finalmente chegou à mesa do procurador geral de Justiça o que, segundo a denúncia, teria sido abortado em 2011 numa reunião na Granja Santana.
Oito delegados interrogaram um "aviãozinho" e ele bateu com a língua nos dentes, como é comum em todo X9. A partir daí a bola de neve cresceu e o secretário Cláudio Lima sentiu que estava acima de sua autoridade o poder de puxar o freio de mão da investigação policial.
Entre uma sala de interrogatório e o clima de poder que emana daquela sala de janta da Granja, claro que o oxigênio era melhor de ser respirado próximo a quem tem uma caneta. Rasgaram o inquérito, libertaram o "aviãozinho" e, sem provas materiais, não houve crime, e se não houve, não há crise. Eis que alguém muito precavido ficou com cópia do inquérito, fitas de áudio e vídeo.
Como jornalista é um bicho curioso, logo se chega a documentos com este abaixo, onde no mesmo período o TCE informa ao possível beneficiado Gilberto Carneiro, hoje procurador geral do Estado, que há irregularidades no adiantamento de uma quantia de mais de 600 mil reais que ele autorizou para - vejam só que coincidência ! - o escritório de advocacia Bernardo Vidal Advogados.
Os recursos do suposto "mensalão" eram oriundos de contratos intermediados pela empresa Bernardo Vidal & Associados, conforme apurado pelos delegados. É muita coincidência. (Dércio Alcântara)
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