Com um atraso de três anos e cinco meses, o Ministério Público decidiu investigar o “propinoduto” do PSB, mesmo assim depois de provocado pelo Fórum dos Servidores do Estado da Paraíba. Somente agora, depois de passar por duas gestões, é que o MP reconheceu o suposto malfeito envolvendo o Partido “Socialista”. Vai ter que enquadrar, no primeiro momento, três secretários, aliados da linha de frente do Palácio da Redenção e, ainda, Coriolano Coutinho, irmão do governador Ricardo Coutinho.
Abriu-se uma fenda para descobrir o verdadeiro papel do MP, considerado por todos como o guardião da sociedade. Por um instante, tenta-se descobrir como o órgão vai atuar no caso a partir de agora, quando não existe inquérito policial de um crime que começou pela apreensão de um veiculo da marca Fox, blindado, com R$ 81 mil em notas de dez reais para fazer volume e enganar os beneficiários, conforme anotações conhecidos por “G”, “L”, “C” e Dra. Laura.
Foi feito apenas um procedimento policial no dia da apreensão do veiculo procedente de Recife, porque logo depois entrou em curso operação “abafa”, cumprida ao pé da letra, uma vez que somente três anos e cinco meses depois descobriu-se – graças as redes sociais – que se tratava de um “propinoduto” do PSB, uma espécie de mensalão igual, caso a investigação avance, de fato, a do PT em nível nacional.
Também com atraso, embora com um tempo muito menor em relação ao crime praticado em 2011, o MP solta uma nota à Imprensa reconhecendo a representação subscrita pelo Fórum dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado da Paraíba, informando que já determinou o procedimento de investigação.
Abaixo a nota do MP:
“O Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB) vem a público esclarecer que, no final da manhã de ontem (25 de setembro), recebeu representação subscrita pelo Fórum dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado da Paraíba, reportando fato supostamente ocorrido no ano de 2011, relacionado a uma operação policial de que resultara a apreensão de veículo contendo expressiva quantia de dinheiro em espécie, acompanhada de vários documentos.
Com efeito, a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) determinou a imediata protocolização e distribuição, para a instauração do devido procedimento investigatório, que recebeu o seguinte número de protocolo: 2014/28385. Doc 370020, visando ao cabal, profundo e total esclarecimento dos fatos.”
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