Candidato ao Senado, o ex-governador José Maranhão (PMDB) estaria numa situação confortável, com “sapato alto” e envolvido numa onda de otimismo, se o histórico dele em eleições fosse de liderança e vitória. Mas não foi isso que aconteceu nas últimas disputas. Favoritismo e derrota estão bem presentes no seu caminho. Em 2010, por exemplo, liderou, praticamente, todas as pesquisas e sobrou na curva depois da contagem dos votos.
Na última pequisa Ibope, Maranhão se manteve à frente dos seus principais adversários, Wilson Santiago (PTB) e Lucélio Cartaxo (PT). O peemedebista fez mais. Mostrou fôlego e força a menos de duas semana da eleição, crescendo 5%, em relação a consulta anterior, no início de setembro.
Até os mais otimistas achavam que Maranhão tinha chegado ao teto, com 30% das intenções de voto. Afinal, também possuía uma rejeição alta, que passava dos 30%. Os adversários tentam entender como isso aconteceu, mas uma das explicações estaria na quantidade de apoios que o ex-governador tem conseguido com prefeitos e lideranças do interior, que até hoje têm uma dívida de gratidão com ele.
Maranhão conseguiu, por exemplo, arrebanhar 11 vereadores de Campina, onde não é tão popular assim. Ainda ganhou força com apoios de políticos experientes e excelentes cabos eleitorais, como Wilson e Lúcia Braga e Marcondes Gadelha. Maranhão também é o maior beneficiado da falta de sintonia da aliança entre Cássio e o seu candidato ao Senado, Wilson Santiago, que tem sofrido vários baques ao longo desta campanha, afinal, não foram poucos os que optaram pela casadinha Cássio e Zé, inclusive, com criação de comitês nessa linha.
Talvez seja essa a explicação da queda de 2% de Wilson nesta última pesquisa. A essa altura do campeonato, a expectativa era de crescimento e não de queda. Onde estaria o problema? A equipe de WS tenta descobrir onde está o erro. Os números mostram, ainda, o crescimento de Lucélio Cartaxo bem menor do que os petistas esperavam. Apesar de estar, pela margem de erro, empatado com Wilson, Cartaxo aguardava números mais robustos, que pelo menos se equiparassem com os dados das consultas de consumo interno.
O cenário desse momento é, sem dúvida, favorável a Maranhão, mas a equipe de campanha ainda comemora essa liderança com muita cautela. Há quem diga que a “parada” ainda não está ganha porque Wilson, com boa liderança no interior, pode surpreender. Já Lucélio tem apoio do governador, RC, recuperando-se na disputa; a ajuda do vice-governador, Rômulo Gouveia, em Campina Grande; e uma ajuda, e tanto, do irmão e prefeito da capital, Luciano Cartaxo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário