A chegada da proposta da reforma da Previdência ao Congresso já revela quem serão os principais atores nas negociações para aprovação do texto enviado pelo presidente Jair Bolsonaro. Na ausência de um líder do governo experiente e com trânsito nas bancadas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), será o grande articulador político da reforma. Como árbitro, é ele quem vai ditar o ritmo do jogo, aumentando o seu poder de barganha com o governo, que ficou mais dependente dele até nas negociações paralelas que já começaram a ser feitas com os governadores.
O primeiro efeito do protagonismo de Maia é a decisão de fazer a reforma passar pelas comissões novamente, prolongando o tempo de tramitação. Mais do que uma maneira de driblar um possível risco jurídico por estar aproveitando a reforma do ex-presidente Michel Temer (como desejava a equipe econômica), ele garantiu palco a seus apoiadores para que aparecessem aos eleitores em cadeia nacional. Esse foi o acordo de Maia para se reeleger à presidência da Casa, inclusive com o apoio da oposição, destaca reportagem do Estadão.
Se o presidente foi obrigado a rever a sua posição histórica contrária à reforma e admitiu que errou, agora terá de convencer os seus seguidores que lhe garantiram a vitória nas eleições a pressionarem com o mesmo engajamento os deputados a votarem a favor da proposta. Partido de Bolsonaro, o PSL começa dividido e deve jogar contra os interesses da equipe econômica, principalmente na parte da reforma que trata das regras dos policiais.
Cotado a relator da reforma, o ex-líder do governo Temer Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), é visto como um bom negociador, mas que precisa ser acompanhado de perto pelo governo para evitar negociações independentes sem que os técnicos tenham colocado o custo na ponta do lápis. Rodrigo Maia disse a aliados que vai convencer Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) a relatar a reforma. Ele tem resistido. Clique AQUI e confira a reportagem na íntegra
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