Líder mundial em tecnologia 5G, Huawei anuncia construção de fábrica de R$ 3,31 bilhões no Brasil e participação no leilão 5G brasileiro que acontece em 2020

A gigante Huawei anunciou, nesse final de semana, que construirá uma fábrica com um investimento de US$ 800 milhões em São Paulo, o equivalente, na cotação atual, a R$ 3,31 bilhões. A gigante chinesa é líder mundial em tecnologia 5G e pretende abastecer o mercado nacional e toda a América do Sul com aparelhos preparados para a rede de última geração.

Além da nova fábrica, a companhia chinesa pretende participar do leilão do 5G brasileiro, que ocorre em 2020. De acordo com a companhia, caso ela vença o leilão, toda a infraestrutura necessária para o funcionamento do 5G nacional estará pronta em menos de um ano.

Como líder mundial no segmento, padrões criados para a indústria nacional, provavelmente serão exportados para outros países da América do Sul, além de seus aparelhos. Além do Brasil, Rússia e Coreia do Sul também terão suas infraestruturas 5G fornecidas pela empresa chinesa.
O smartphone dobrável da companhia fez bonito em projeto piloto no Brasil: acessou a rede 5G com velocidade máxima de 1.033 Mb/s (Megabits por segundo, o famoso Mega) para baixar arquivos e de 92,4 Mb/s para envio de informações. O experimento da TIM marca um novo momento do ciclo de 5G no país por acontecer em ambiente com condições reais, no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Visitantes podem conhecer o smartphone e participar de outras atividades.
No caso do acesso pessoal, as velocidades auferidas pelo aplicativo Speedtest da Ookla já começam em 817 Mb/s. Equivale a um download cem vezes mais rápido que a média entre clientes do 4G da TIM, de 7,97 Mb/s, segundo levantamento divulgado pela consultoria Tutela em maio. O dispositivo repetiu feito na China, quando também bateu transmissão de dados acima de 1.000 Mb/s no início de junho.

O acordo entre a Huawei e o governo do estado de São Paulo pode acelerar em vários anos a padronização do 5G no Brasil. Em 2017, o então vice-presidente do CpQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), Alberto Paradisi, afirmou que a nova rede só iria se popularizar por aqui em meados de 2030.

A nova fábrica será a terceira da Huawei a ser construída no Brasil, e deve empregar cerca de mil pessoas. O local para as instalações ainda não foi definido. No momento, a companhia mantém uma fábrica de serviços de fibra ótica em Manaus e uma instalação que fornece infraestrutura de telefonia para operadoras de telecomunicações em Sorocaba. (As informações são do TecMundo)