A Paraíba recebeu na manhã de ontem uma Unidade Móvel de Tratamento de Água (UMTA) da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O equipamento é capaz de transformar a água poluída de um manancial em potável e própria para consumo com rapidez. O principal benefício é liberar até 12 mil litros de água por hora para os períodos de desastres climáticos, como enchente e estiagem. A previsão para a UMTA entrar em operação é janeiro do próximo ano.
Além da Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Bahia, Amazonas, Mato Grosso e Paraná também foram contemplados com a UMTA. Segundo o analista de infraestrutura e coordenador de ações estratégicas do departamento de saúde ambiental da Funasa, em Brasília (presidência), Jamaci Nascimento, a UMTA é específica para áreas emergenciais e de desastres, que podem atuar tanto no Sertão, onde há escassez de água, como em áreas de inundações e enchentes.
“Ela funciona com uma vazão de 12 mil litros por hora e tem capacidade de purificar a água de até 30 unidades de turbidez, além de ter uma ação que evita a patogenicidade”, afirmou. Acrescentando que a medida é importantíssima, pois quando ocorrem enchentes, há a probabilidade de contaminação dos mananciais, e o trabalho da UMTA é retirar a água contaminada e fazer o tratamento de forma emergencial, para ser liberada para o consumo humano.
A UMTA trabalhará em companhia do Laboratório Móvel de Controle de Qualidade da Água, que analisará o nível de turbidez e a patogenicidade da água, para identificar se o produto foi realmente tratado e está adequado para o consumo. “Primeiro será feita a análise da água para avaliarmos a sua qualidade. Depois, a água poluída passará pela UMTA e novamente será avaliada no Laboratório Móvel de Controle de Qualidade da Água para ter a certeza que de que ela está própria para o consumo e que pode ser liberada para a população”, explicou Nascimento.
Para a superintendente da Funasa na Paraíba, Ana Cláudia Nóbrega Vital do Rêgo, a chegada da unidade móvel de tratamento é um marco para o Estado, pois também pode ser usado em situações seca. “Vamos buscar possíveis parcerias, capacitando servidores da Funasa e de outras entidades, como Defesa Civil, Bombeiros e Exército Brasileiro, para muito em breve usar a UMTA, que é composta por cinco tanques, onde podemos produzir, por hora, 12 mil litros de água de qualidade e potabilidade”, afirmou.
Ana Cláudia acrescentou que a ideia inicial de parceria com esses órgãos é fazer um termo de cooperação técnica para que o equipamento possa servir a diversas localidades, principalmente por meio do trabalho que é feito pelo Exército com os carros-pipa. Por usa vez, a responsável pelo funcionamento da unidade regional de controle de qualidade da água da Funasa-PB, Rosemere de Farias Oliveira, destacou que as unidades móveis de tratamento e análise são importantes para dar mais agilidade aos processos de controle da água no Estado. (com JP)
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