quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Lígia Feliciano no governo, determinada cumprir passagem que vá além dos rituais

Momento em que Ricardo Coutinho transmitia cargo para Ligia Feliciano
Quando a médica Lígia Feliciano aceitou compor a chapa com o governador e então candidato à reeleição, Ricardo Coutinho, pouca gente queria se associar à imagem do socialista e muito menos arriscar a pele ao seu lado na eleição de 2014. Os astros, búzios e mundo político profetizavam o insucesso.
Eleita ao lado de Ricardo, Lígia começou bem quando decidiu evitar a manutenção do secretário e filho, Renato Feliciano, no governo. Numa política tradicionalmente fisiologista, foi um primeiro gesto sinalizando um esforço político e pessoal de se afastar de nódoas durante o exercício da vice-governadoria.
Menos de dois meses depois da posse, já assume o cargo com a licença do governador Ricardo Coutinho (na foto acima). Apesar de já ter disputado cargo eletivo em Campina Grande, certamente nunca passou pela sua cabeça um dia despachar na condição de maior autoridade do Estado.
E não é pouca coisa. Pouquíssimos passaram por aquela cadeira. Ciente disso, Lígia parece determinada a cumprir uma passagem que vá além dos rituais, sobretudo, para uma mulher com seu perfil, associada imediatamente à imagem do marido, o também médico e deputado federal Damião Feliciano.
Nos bastidores, ela vem se empenhando em conhecer e entender o funcionamento da máquina, faz reuniões, visitas e interage com auxiliares. Ontem mesmo, conversou com técnicos responsáveis pelas políticas da Educação e também recebeu os secretários mais da linha política, como Efraim Morais e Fábio Maia.
Esse cuidado com a imagem e prospecção administrativa não é por acaso. Lígia – noviça em cargos públicos, mas veterana na vivência política nas bases e coordenações de campanha do marido [o deputado federal Damião Feliciano] – sabe muito bem que há um horizonte conspirando em seu favor. Uma presumida desincompatibilização de Ricardo.
Até lá, quer usar esse espaço e experiência para chegar a 2018 habilitada em dois aspectos; administrativo e político. E começou bem. (Com Eron Cid/Jornal Correio da Paraíba)

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