terça-feira, 2 de novembro de 2010

A mentira tem pernas curtas: Gilvan Freire diz que distribuição de panfletos satânicos foi burrice. "Estava na cara que era inventado"


O ex-deputado Gilvan Freire (PMDB) considerou, em entrevista ao Parlamentopb, que a distribuição de panfletos anônimos dando conta de uma suposta ligação de Ricardo Coutinho com o satanismo foi "uma burrice" da campanha do governador Maranhão (PMDB). "Quem inventou isso, seja lá quem for, cometeu um erro grosseiro. Foi uma ignorância. A tese de satanismo foi muito forçada. Estava na cara que era inventado. Eu jamais participaria de uma estória daquelas!", pontuou.
Sobre a PEC 300, sancionada no final da tarde de sábado, 30, na véspera da eleição, Gilvan declarou: "Foi uma atitude controvertida que não dava certeza de nada. A maioria do comando da PM estava com Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho. Os líderes da polícia não queriam que isso repercutisse favoravelmente a José Maranhão. Além disso, a matéria gerou uma discussão sobre sua legalidade e assanhou os outros servidores do Estado, que não tiveram aumento. O discurso de que a medida era oportunista se tornou muito forte e fez com que os projetos não gerassem resultados".
Outro equívoco apontado por Gilvan na condução da campanha de Maranhão foi a polarização do discurso do governador em torno de queixas para com o antecessor, Cássio Cunha Lima (PSDB): "Eu cheguei a aconselha-lo e mandei por escrito, no dia 8 de outubro, algumas sugestões para a campanha. Disse que, pelo amor de Deus, esquecesse Cássio e concentrasse sua crítica em Ricardo Coutinho. Estava claro que Cássio estava de bem com o eleitor. Eu disse isso a Maranhão, a Marcelo Weick e a Manoel Júnior. A campanha continuou querendo fazer Cássio sangrar e ele, sabidamente, aproveitou-se disso para construir outro discurso. Mostrou-se como fruto da briga, mas atribuiu a Ricardo Coutinho, seu aliado, a condição de encerra-la. O povo preferiu a diferença, o novo. A briga da política da Paraíba já cansou".

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