sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Empresário citado por ex-tesoureiro em esquema de desvio de verba morre em CG

Empresário citado por ex-tesoureiro em esquema de desvio de verba morre em CG
O empresário Roberto Cantalice (foto), que foi dono da empresa JGR, morreu na manhã desta sexta-feira (14), em Campina Grande. Ele teve seu nome citado pelo ex-tesoureiro da Prefeitura de Campina Grande, Rennan Trajano, no suposto esquema envolvendo desvio de recursos na época em que o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) era prefeito. De acordo com as primeiras informações, a perícia foi acionada e está no apartamento do empresário, encontrado morto em uma rede. 
A família estranhou um copo d'água encontrado ao lado da rede. De acordo com o Samu, que foi chamado nesta manhã após o corpo ter sido encontrado, a morte pode ter sido natural, causada por ataque cardíaco, mas somente o Instituto de Polícia Científica poderá determinar .
O delegado Danilo Borba compareceu ao local para atender à ocorrência, segundo informou a Superintendência Regional de Polícia Civil, em Campina Grande.  Mas dependendo das perícias, a Delegacia Especializada em Homicídios de Campina Grande poderá assumir o caso. A delegada responsável pela delegacia é Maíra Roberta Queiroz. 

Tesoureiro - Segundo denúncia de Rennan Trajano, a JGR foi usada para desviar recursos do município à campanha ao Senado do atual ministro do TCU Vital do Rêgo. No último dia 10, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tesoureiro, da Câmara Municipal de Campina Grande, aprovou, por unanimidade, 17 requerimentos durante a primeira sessão ordinária do colegiado. Dentre eles, pedidos de quebra de sigilo bancário, patrimonial e fiscal da empresa apontada pelo ex-tesoureiro da Prefeitura de Campina, Rennan Trajano, durante denúncia contra o ex-prefeito Veneziano Vital do Rego (PMD): a JGR Construções. 
Conforme matéria da Folha de S.Paulo, na sede da empreiteira JGR registrada na Receita Federal funciona um escritório de contabilidade que atende diversas outras firmas. A empreiteira, porém, não tem funcionário ou maquinário lá.A empreiteira recebeu R$ 10,3 milhões da prefeitura. Segundo o escritório, os proprietários da JGR não são localizados há anos pelos próprios contadores, que tentam receber uma dívida antiga.
Outro endereço indicado em documentos da prefeitura é uma sala desativada há anos. Em outros dois endereços atribuídos à JGR estão um ambulatório e outro escritório de contabilidade. Documentação obtida pela Folha mostra que a JGR foi aberta, com outra denominação, pelo mesmo servidor da Prefeitura de Campina Grande, Roberto Carlos Cantalice de Medeiros, que posteriormente foi o responsável, na Secretaria de Obras, por "todo o processo de empenho" das obras denunciadas por Rennan Farias. Medeiros diz não ter feito nenhum contrato com a prefeitura até vender sua parte na JGR, por volta de 2007.

Nenhum comentário: