Porcino fala sobre aprovação de contas, filiação ao PDT e fez duras críticas a Roberto Cavalcanti

Cláudio Nepó entrevistou Porcino no último dia 31

Em sua última entrevista concedida no ano passado, no último dia 31 ao radialista Cláudio Nepomuceno na Rádio Pedra Bonita FM, o ex-prefeito de Itaporanga Antônio Porcino (PMDB) revelou que sentia-se realizado por ter revertido decisão lhe desfavorável quanto à sua prestação de contas. "Primeiro porque consegui me livrar de muitas injustiças praticadas contra mim. Uma delas foi a impultação de um débito de quase dois milhôes de reais, pelo TCE, que analisando recursos que apresentei a Câmara de Vereadores reconsiderou e as aprovou. Porque eu não roubei um centavo de Itaporanga", disse.

Sobre a informação de que poderia assumir a Delegacia Regional do Trabalho na Paraíba, cargo que disse ter sido oferecido pelo Ministo do Trabalho Carlos Lupi, também presidente nacional do PDT, Porcino frisou que o assunto será tratato numa reunião entre os dias 5 e 6 próximos entre ele, Francisco Soares (tesoureiro da Federação dos Frentista, presidida pelo próprio Porcino) e o prefeito Hélio, da cidade de Campinas-SP. Porcino disse que o salário é de R$ 12 mil muito abaixo "dos 30, 40 mil" que ganha no comando do sindicato: "Como é que posso sustentar a família itaporanguense com doze mil...", enfatiza. 

O ex-prefeito revelou que o ministro Carlos Lupi ainda teria condicionado o cargo a sua filiação aos quadros do PDT. E Porcino teria respondido: "Com uma condição... se você me der a Presidência do partido na Paraíba", sapecou ao ministro. Porcino disse, neste instante, deu-se o seguinte diálogo entre ele e o ministro: "E aquele negro" - Teria dito Lupi muma referência ao deputado Damião Feliciano, que é o atual presidente estadual da legenda. "Olha, negro não presta nem pra carregar saco..." - resposta de Porcino, que disse ter sido feita num clima de brincadeira...

Quando indagado sobre a festa de fim de ano que promoveu, Antônio Porcino (que foi eleito 2º suplente de senador de José Maranhão, em 2002, depois substituído pelo empresário Roberto Cavalcanti) disse que esta era o prêmio ao suplente de senador Antônio Porcino: "O herói que não passou de Niterói". Como o senador está prestes a terminar o mandato, Porcino não economizou nas críticas a Roberto Cavalcanti.

Num tom duríssimo, o ex-gestor abriu as baterias contra o senador: "Ele (Roberto Cavalcanti) me promeu quatro meses (na titularidade do mandato), mas não tirou nem um dia de licença... Eu já disse para àquele s... tem, até um pedido meu de direito de resposta no jornal dele (Correio da Paraíba) para rebater matéria em que mostrava minha foto e que eu teria desviado mais de dois milhões de Itaporanga... Ele (Roberto) não deu (oportunidade de assumir o mandato) porque é um sujeito avarento, um sujeito que tem um pensamento diferenciado dagente, que tem inveja, que tem dor de cotovelo e que é um homem pobre de espírito", disparou.