sexta-feira, 20 de abril de 2012

UFCG desenvolve leite de amendoim para comunidades; rico em proteína vegetal é alternativa barata ao leite animal

Pesquisadores da UFCG desenvolveram 'leite' de amendoim para comunidades e merenda escolar (Foto: Karoline Zilah/G1)
Asher Albuquerque, Niédja Marizze e Francisco de Assis trabalham a três anos no desenvolvimento da bebida
Uma pesquisa desenvolvida durante três anos na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) pretende levar à mesa dos paraibanos um produto diferente: uma espécie de 'leite' produzido à base de amendoim. A bebida rica em proteína vegetal foi pensada para suprir a alimentação de moradores de comunidades carentes e para distribuição em merenda escolar, além de servir como alternativa para quem tem intolerância à lactose, como é feito com a soja
O extrato de amendoim foi resultado de um trabalho feito no laboratório de Engenharia Agrícola da UFCG e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). De acordo com o professor Francisco de Assis Almeida, que coordenou as pesquisas, a ideia nasceu de encontros com agricultores das cidades de Patos, Itabaiana e Sapé, que concentram a maior produção de amendoim da Paraíba. Agricultores de subsistência de Pernambuco, principalmente do município de Pau d'Alho, também deram sugestões.
O objetivo era agregar valor ao alimento e criar um produto que pudesse ser comercializado. Outra preocupação era o aproveitamento da leguminosa para enriquecer a alimentação das comunidades, principalmente de crianças. A engenheira agrícola Niédja Marizze Alves, que participou da pesquisa durante seu doutorado, é uma das defensoras dos valores nutricionais do leite de amendoim. Apesar de não substituir o leite de origem animal, como o de vaca e o de cabra, o extrato líquido é barato, custa R$ 0,60 o litro, e possui alta qualidade.
Segundo ela, previne doenças cardiovasculares e ajuda na redução do colesterol. "A bebida tem percentual grande de lipídios, mas, ao contrário do que as pessoas pensam, são gorduras insaturadas que fazem bem", explicou. Além das propriedades terem sido analisadas em laboratório, o sabor foi testado por provadores credenciados e aprovado.
Da Redação com G1PB

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