Passados 32 dias da assembleia em que foi aprovada a greve dos professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), o comando de greve se reuniu ontem com o reitor da instituição e recusou a proposta de reajuste de 1% oferecida por ele. Sem avanço nas negociações, a categoria realiza na manhã de hoje uma assembleia para referendar a continuidade do movimento grevista, iniciado no dia 19 de junho. A mesma providência foi adotada pelos servidores técnico-administrativos da universidade, em greve desde o mês de março, que se reuniram ontem e também decidiram continuar de braços cruzados.
“Nós solicitamos do reitor que ele cumpra a decisão judicial e conceda os 6,41% de reajuste para recompor a inflação, mas ele informou que vai aguardar a decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba sobre o assunto e manteve a proposta de reajuste de 1%, que nós não aceitamos. Deixamos claro que não abrimos mão desse reajuste e da nossa data-base”, salientou o professor Nelson Júnior, que faz parte do comando de greve, acrescentando que o término do movimento não depende apenas do reajuste, mas também de outros pontos que estão sendo debatidos com a reitoria.
Por sua vez, o presidente da Associação dos Docentes da UEPB, Jucelino Luna, disse que a reunião foi uma iniciativa do comando de greve e não tem nenhuma relação com a entidade, que não convocou nenhuma assembleia para os próximos dias. Em relação aos servidores, o presidente do Sintespb/UEPB, Fernando Borges, disse que na assembleia realizada ontem a categoria decidiu solicitar uma audiência ao reitor para informar que a greve vai continuar até que a implantação da data-base seja discutida. “A categoria não admite que se queira implantar à força esse 1%, achamos isso um deboche, pois não é suficiente para cobrir a inflação do período”, criticou.
Já a UEPB informou, através de assessoria, que implantará na folha de pagamento de julho o reajuste de 1%, retroativo ao mês de janeiro, seguindo parecer da Procuradoria Geral do Estado. Sobre a decisão judicial da 3ª Vara da Fazenda Pública, determinando a implantação de 6,41% de reajuste, referente às perdas salariais de 2014, a instituição comunicou que aguarda o parecer do Tribunal de Justiça sobre a decisão em primeira instância. (com Jornal da Paraíba)
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