O Aliança pelo Brasil, legenda criada em novembro de 2019 para receber o presidente após sua saída do PSL, reuniu menos de 10% do número de assinaturas necessárias para registrar a legenda junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Não é fácil formar um partido hoje em dia. A gente está tentando, mas se não conseguir a gente em março vai ter uma nova opção, tá ok?", disse Bolsonaro, a apoiadores.
De acordo com O Globo, em meados de junho de 2020, Bolsonaro se aproximou de partidos do chamado Centrão, como PP, PR e Republicanos. Na Câmara dos Deputados, esses partidos tem dado sustentação à base aliada do governo e auxiliado na aprovação de temas importantes para a área econômica. Bolsonaro já foi filiado ao PP, do senador Ciro Nogueira (PP-PI) durante nove anos.
Na última semana, o PP foi considerado o maior vencedor das eleições municipais de 2020, com a maior taxa de eficiência. A sigla elegeu 46,4% de todos os seus candidatos a prefeito e ainda disputa o segundo turno em João Pessoa (PB) com Cícero Lucena. Outros partidos de Centro também tiveram bons resultados, como MDB (40,9%), DEM (40,8%), PSD (40,7%) e PSDB (40,2%).
Em entrevista à Folha de São Paulo, Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que tem "certeza da reeleição do presidente". "O PP está fechado [com ele] em 2022. O PP tem um histórico de fidelidade aos projetos políticos dos quais faz parte", disse Ciro Nogueira.
Ao ser perguntado se o PP convidou Bolsonaro para fazer parte do partido, ele respondeu: "Sempre. Sempre. É um desejo enorme. Se nós estamos no projeto político é um sonho ter o presidente no partido." Perguntado se Bolsonaro deu indicativo de voltar ao PP, Ciro respondeu: "Ele diz que tem muita saudade do partido."