segunda-feira, 9 de abril de 2018

Polícia Civil e MPPB deflagram Operação Cartola que investigam crimes cometidos pela FPF, árbitros e TJD-PB

A Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa (DDF-JP) e o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagram, na madrugada desta segunda-feira (9), a Operação Cartola. O objetivo é apurar os crimes cometidos por uma organização composta por membros da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Comissão Estadual de Arbitragem da Paraíba (CEAF), Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD-PB) e dirigentes de clubes de futebol profissional do Estado da Paraíba.
Ao todo foram cumpridos 39 mandados de busca e apreensão, nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Campina Grande e Cajazeiras. O cumprimento dos mandados contou com a atuação de 230 policiais civis de diversas cidades da Paraíba. A principal investigada é a ex-presidente da Federação Paraibana de Futebol Rosilene Gomes. 
De acordo com a DDF, as investigações se estenderam por mais de seis meses. Nesse período,foi possível identificar a existência de dois núcleos principais, com aproximadamente 80 membros identificados, sendo o primeiro - liderança - formado por membros da FPF, CEAF e Dirigentes de clubes de futebol profissional. Ao todo foram cumpridos 39 mandados de busca e apreensão, nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Campina Grande e Cajazeiras. O cumprimento dos mandados contou com a atuação de 230 policiais civis de diversas cidades da Paraíba.
Em face do sigilo das investigações, os detalhes sobre o modo de atuação dos investigados, individualização das condutas e demais características da presente organização só poderão ser divulgados posteriormente, após a conclusão da fase investigativa e análise de todo o material apreendido.
“Este núcleo (cartola) é responsável pelas decisões mais importantes relacionadas ao meio do futebol Paraibano e conta com uma sofisticada rede de proteção/ elevado grau de articulação institucional”, explicou o delegado Lucas Sá, em nota. O segundo núcleo identificado é formado por membros executores ligados à CEAF (arbitragem), funcionários da FPF e de clubes de futebol, que atuam segundo a direção/determinação do núcleo principal.
Conforme a nota enviada pela DDF-JP, “entre as principais condutas investigadas, destacamos a manipulação de resultados de campeonatos de futebol, adulteração de documentos, interferência em decisões da Justiça Desportiva (TJD) e desvio de valores oriundos de partidas de futebol profissional”.

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